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EXTREMA DIREITA | Ministério chefiado por Damares sugere abstinência sexual como método contraceptivo

Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MDH), chefiado por Damares Alves, que sempre está contra o direito das mulheres, estimula abstinência sexual como um novo método para prevenir gravidez na adolescência. O ministério planeja criar um programa para incentivar que jovens não tenham relação sexual e sexo tardio, similar ao que defende o movimento “Eu Escolhi Esperar”.

sábado 4 de janeiro de 2020 | Edição do dia

O Ministério passou a organizar eventos públicos para discutir as iniciativas para prevenção da gravidez precoce, promovendo a ideia de abstinência sexual como único método totalmente eficaz. Em dezembro um desses eventos foi realizado no auditório da Câmara dos Deputados e contou apenas com presença de religiosos e defensores desta mesma política. Na entrada do auditório havia dois cartazes criticando a camisinha como método de prevenção e afirmando que esta permite a transmissão de HIV, sem qualquer fonte científica.

Em nota o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos aponta que as políticas de contraceptivos estão a cargo do Ministério da Saúde, que optou por parar com as cadernetas de saúde do adolescente que contava com informações sobre sexo seguro e prevenção da gravidez.

Não é novidade que o governo de Bolsonaro é contra a educação sexual nas escolas, incentivando perseguições e tentativas de impedir está discussão, contando como braço direito com Damares, fervorosa defensora da ilegalidade do aborto e contra a discussão sobre a sexualidade. O grande aliado do governo é a Igreja Evangélica, que trata o assunto como tabu que fere a moral e defende que a relação sexual só pode ser feita após o casamento

Este projeto vai contra o direito do indivíduo de conhecer seu próprio corpo, receber informações e educação sexual, que está presente no Estatuto da Criança e do Adolescente, além de só fortalecem a lógica do patriarcado dentro do capitalismo. A educação sexual nas escolas, a discussão sobre identidade de gênero e sexualidade, são essenciais para que se evite a depressão de milhares de jovens, gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis, com debates educativos adequado à idade dos alunos. Diversos setores da educação, psicologia e direitos humanos já alertaram que a repressão a esses temas nas escolas pode gerar problemas sérios na formação de crianças e jovens. Educação sexual laica nas escolas para decidir, anticoncepcionais para se prevenir e aborto legal, seguro e gratuito garantido pelo SUS para não morrer!




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