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LEIS ELEITORAIS | Ministério Público persegue a esquerda e o sindicato no Colégio Pedro II no RJ

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro está tomando medidas para perseguir os trabalhadores e a esquerda no tradicional Pedro II. As ações movidas pelo arbitrário e repressivo órgão visam intimidar o sindicato dos trabalhadores do colégio, o SINDISCOPE, o reitor e ainda o PSOL.

quinta-feira 9 de março de 2017 | Edição do dia

O Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II (Sindscope), o Partido Socialismo e Liberdade - Rio de Janeiro (PSOL-RJ), o reitor do Colégio Pedro II, Oscar Halac, o professor do Colégio Pedro II e vereador, Tarcísio Motta de Carvalho, além de outros três professores e dois servidores do Colégio Pedro II estão sofrendo ação do Ministério Público que alega improbidade administrativa, para perseguir e censurar toda manifestação política na escola.

Segundo a ação o Sindscope teria fundado um núcleo do PSOL dentro do colégio, o que segundo informações da grande mídia teria sido comprovado pela investigação administrativa. O MPF também alega que durante as eleições municipais em 2016, houve propaganda eleitoral e distribuição de material em favor do candidato do PSOL Marcelo Freixo e do professor Tarcísio Motta de Carvalho.

Fatos nos quais o problema não são “as provas”que o MPF alega existir, mas pior da eventualidade que existam o maior problema que existe é a lei. Vindo do judiciário que toma uma série de medidas sem provas e do país com uma população carcerária com milhares de presos sem julgamento, o problema não são os fatos, mas sim as intenções políticas. No caso o processo aberto pelo Ministério Público no colégio Pedro II é uma clara prova do caráter anti-esquerda e anti- trabalhadores e juventude, das leis eleitorais. A perseguição ao sindicato e aos membros do PSOL são parte de tentar calar e intimidar a esquerda.

Dois fatos simples provam isso, o primeiro que a lei impede que haja campanha e por conseguinte discussões políticas em espaços públicos, como escolas, contudo o judiciário junto ao governo apóiam e implementam a reforma do ensino médio que impedem a formação critica e histórica dos alunos. Ou seja, na medida que impedem que a liberdade de conteúdo dada pelo professor e o senso critico, assumem que “a verdade”, a “história” e a formação de opinião se dará pela grande mídia, ou meio de comunicação que falam só “um lado da história”, no caso o lado dominante, empresarial e conservador.O mesmo ministério público nunca foi visto punindo a mídia, por fazer campanha eleitoral ou as igrejas, porém um professor fazer campanha em seu próprio local de trabalho seria crime.

A vida é feita de política, e na medida em que esse debate é impedido, prima só um lado, no caso o lado dos políticos tradicionais e empresariais, que podem pagar pessoas para que panfletem seus materiais, que tem tempo de TV e tem dinheiro para fazer grandes campanhas. O segundo ponto que mostra a perseguição política nas leis eleitorais, pois a esquerda tem restrições financeiras e restrições da própria lei, como o mínimo tempo de TV, assim para ampliar suas opiniões é necessário e bom que se abra discussão nos espaços de trabalho e estudo.

Na ação, o MPF requer a aplicação de multa por dano moral coletivo ao Sindscope, ao PSOL, ao reitor e à diretora do sindicato e a condenação dos réus às penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92, art. 12).Por meio de sua assessoria de imprensa, o vereador Tarcísio Motta informou que nunca houve fundação de núcleo do PSOL, reunião político-partidária da legenda ou qualquer debate ou atividade de propaganda promovida pelo partido no Colégio Pedro II. Disse ainda que prestou esclarecimentos que foram ignorados pelo Ministério Público, e seguiu afirmando que o processo "é baseado apenas em preconceitos politico-ideológicos".




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