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PETROBRAS | Militar indicado por Bolsonaro assumirá conselho da Petrobras com missão de preparar entrega da estatal

Bolsonaro indicou 3 nomes para o Conselho de Administração, entre eles o almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira para a presidência do conselho. Desde o período de ditadura, os militares não tinham posição de tanto destaque na estatal.

terça-feira 15 de janeiro de 2019 | Edição do dia

Para assegurar mais uma posição estratégica dentro da estatal e seus planos de privatização da empresa, Bolsonaro nomeou o almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira para a presidência do conselho de administração, posto máximo de gestão da empresa. Desde o período de ditadura, os militares não tinham posição de tanto destaque na estatal. Na busca de determinar os rumos da estatal Bolsonaro indicou mais dois nomes para o conselho após a renúncia de 3 conselheiros menos alinhados com o governo.

Além dele, foram indicados o geólogo John Forman e o economista João Cox, executivo da iniciativa privada com passagens pela Telemig, Claro e Tim, para ocupar os assentos deixados por três membros. Eles vão começar a trabalhar apenas depois que seus nomes passarem pelo crivo dos acionistas, em assembleia geral, que deve acontecer ainda neste mês.

As indicações vêm após declarações do presidente da estatal, Roberto Castello Branco, sobre a intenção de mudar o perfil do conselho para que tenha "mais representantes com visão estratégica do que a Petrobrás precisa". "Um ciclo se encerrou e iniciamos uma nova era", complementou. A nova direção pretendida pelo governo Bolsonaro é o da entrega da empresa e da exploração do petróleo em nosso país ao imperialismo norte-americano, com a venda de ativos da empresa e o leilão dos campos de pré-sal.

Ferreira é almirante de Esquadra e foi comandante da Marinha até janeiro de 2018. Em fato relevante divulgado ao mercado, a Petrobrás destacou a qualificação de nível superior que o militar recebeu nas escolas de guerra naval do Brasil, Chile e Annapolis, nos Estados Unidos.

A última vez que um representante das Forças Armadas sentou no conselho da Petrobrás foi durante os governos petistas dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que nomearam o general Francisco Roberto de Albuquerque. Mas, desde que a empresa entrou em crise, o foco da administração da empresa passou a ser a recuperação do caixa e o colegiado passou a ser ocupado por especialistas no setor e em economia.

Precisamos organizar em cada local de trabalho e estudo a luta contra a privatização da Petrobras, contra a entrega de novos campos aos imperialismo, e lutar para que estes vastos recursos não sirvam nem ao saque imperialista ou a esquemas de corrupção, mas ao povo. Isso só é possível lutando por uma Petrobras 100% estatal gerida pelos petroleiros com controle popular, que poderá garantir completa transparência, eficiência, segurança operacional para usar estes recusos em prol da maioria do povo.




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