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#VIVASNOSQUEREMOS | México se veste de violeta: #24A Mobilização contra a violência machista

Em 47 cidades foram realizadas marchas e atividades para expressar o repúdio a violência contra as mulheres. Segue minuto a minuto a marcha do Estado à Cidade do México.

terça-feira 26 de abril de 2016 | Edição do dia

Às 10 da manhã em frente ao Palácio Municipal de Ecatepec há uma revoada de borboletas violetas.

Na sede do poder político do município onde ocorreram ao menos 183 feminicidios entre 2012 e 2015 segundo dados do Observatório Cidadão Nacional do Feminicidio.

Mulheres de todas as idades convocaram para marchar desde Ecatepec até Victoria Alada na Cidade do México.

Às 12h se espera sua subida a Indiso Verdes, um dos principais pontos da entrada da Cidade do México pelo norte.

No monumento à Revolução, muitas mulheres esperam, com água e laranjas que aliviam a sede e o calor de uma jornada de luta, onde se expressará a coragem ante as distintas expressões de violência que se exerce contra as mulheres.

Desde o palácio municipal de Ecatepec, co-responsáveis informam que mais de 500 mulheres se reuniram para marchar. Além de familiares de mulheres desaparecidas e vítimas de feminicidios.

Estavam ali Norma Andrade, de Nuestras Hijas de Regreso a Casa e Irinea Buendía, mãe de Mariana Lima, vítima de feminicidio, cujo caso chegou a Corte Suprema.

Vão se somando ao contingente mais mulheres: Somam-se ao redor de mil. Com pôsteres contra a violência com as mulheres, com batucada. Jovens maquiadas como a morte, pais com fotos com suas filhas, mães jovens com suas meninas.

Diferentes coletivos leram um pronunciamento: “Responsabilizamos os contextos deploráveis violentos do Estado do México à estrutura socioeconômica, política, cultural, capitalista e patriarcal que toca e perturba o artigo de consumo, incluindo nossos corpos, seus golpes, sua vedação e qualquer outro tipo de violência que nos leva a morte. Não mais. Renunciamos a estas imposições”.

#24AGuadalajara

Em torno de 10:30h iniciou-se a marcha tapatia, que partiu de Niños Heróis sob um sol radiante. Mais de 1000 pessoas participaram da mobilização.

#24A: do Estado do México a Cidade do México
11:48h. Saiu a caravana até a capital do país. Balões violetas, bandeiras, automóveis com pôsteres contra o patriarcado e a violência contra as mulheres. Bandeiras coloridas da comunidade de diversidade sexual.

Solidariedade desde a Africa do Sul
Mais poder para todas no dia de hoje! Desejo êxito com esta campanha ao Pão e Rosas.
Estamos em pé de solidariedade com as mulheres no México. “Estamos fartas do aumento da violência”, mensagem de Lesley Ann Foster, Diretora Executiva de Mesimanyane Women’s Center, cidade do Cabo.
Avança a caravana

13:05h A mobilização chegou a Indios Verdes em caravana após de recorrer mais de 20 quilômetros. Estava encabeçada por ciclistas. Dezenas de autos e caminhões transportavam mulheres de todas as idades nesta histórica mobilização contra a violência às mulheres. Alexandra Toriz, da Agrupação de mulheres Pão e Rosas, declarou “ Este 24 de abril chega com uma rajada de ar fresco perante o excesso de violência contra as mulheres. Milhares saímos às ruas a dizer: Basta! #NiUnaMenos. Mas diante da violência alcançam gritos. É necessário organizarmos. Por isso, te convidamos a participar do Pão e Rosas”.

Outros contingentes de mulheres sobem ao metrô e ao metrobus. Exigiram transporte gratuito. As 14h se reuniram no Monumento à Revolução.

No Monumento à Revolução
13:47 h. Chegou o contingente da Agrupação de Mulheres Pan y Rosas ao monumento.

15:19 h. Parte da mobilização do Monumento à Revolução. Milhares de mulheres com cobertores, pôsteres, balões, manifestam seu rechaço à violência. Marcham pela avenida Reforma até Victoria alada ( o anjo da Independencia).

Destaca-se o grande contingente da Agrupação internacional de mulheres Pan y Rosas e o Movimento de Trabalhadores Socialistas, com mais de 400 participantes. Irradiam entusiasmo e juventude.

Entre os cânticos ressaltam “Nem uma morta mais”, “Não é um fato isolado, os feminicidios são crimes de Estado”.

Mais e mais gente se soma a mobilização. Mais de vinte mil mulheres se manifestaram. Instalou-se nas ruas o ódio a violência machista no país famoso por feminicidios.

Se dizia “Mancera, onde estão as desaparecidas de toda a cidade?”, uma denuncia contra o chefe de governo da capital do país, Soa a alegação pelas mortes de Juárez, por Berta Cáceres, a recente ativista hondurenha assassinada.
16.30 h. A mobilização se deteve em frente ao plantão instalado sobre a Avenida Reforma em memória aos normalistas de Ayotzinapa. Contamos 43 jovens que faltam nos faltam.

17:06 h. Os contingentes chegam a Victoria Alda ( o anjo da independência). Estende-se sobre a Avenida Reforma uma imponente maré humana que protesta contra a violência às mulheres.




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