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ACIDENTE NO METRÔ SP | Metroviários prestam solidariedade ao deficiente visual morto na Estação Sé

sexta-feira 17 de abril de 2015 | 00:01

No último domingo (12) um usuário deficiente visual caiu entre o vão dos vagões de trem do Metrô, na Estação Sé, e foi atropelado. Por meio de nota o Metrô informou que "está colaborando para que a Polícia investigue a ocorrência registrada na noite de domingo (12)" e ainda que "O usuário entrou na estação Tietê acompanhado por outro passageiro que o guiava". O ocorrido foi registrado na Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom) que solicitou perícia no local e exames do Instituto Médico Legal (IML). O caso será investigado.

Os metroviários, por meio de moção aprovada em assembleia, se solidarizaram com os amigos e familiares de André Herculano dos Santos e colocam também as dificuldades das condições de trabalho nas Estações que contribuíram para esse ocorrido "nosso quadro de funcionários está cada vez mais defasado em todos os setores e a empresa não atende às nossas permanentes solicitações de contratação, sempre em base a nossos alertas que podem ocorrer situações graves como esta e outras" .

O Esquerda Diário, como um jornal que quer dar voz aos trabalhadores, divulga abaixo a nota sobre o caso aprovada em assembleia dos metroviários e tornada pública no site do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.

"É com grande pesar que, por meio desta nota, queremos expressar nossa solidariedade com a família do usuário e deficiente visual André Herculano dos Santos, que veio a falecer em um trágico acidente no último domingo (12/4/2015) na Estação Sé do Metrô.

Os funcionários da Estação, da Segurança e Tráfego fizeram o que estava ao alcance para evitar o acidente. Porém, nosso quadro de funcionários está cada vez mais defasado em todos os setores e a empresa não atende às nossas permanentes solicitações de contratação, sempre em base a nossos alertas que podem ocorrer situações graves como esta e outras.

A empresa praticamente acabou com os postos de trabalho de condução de deficientes visuais com funcionários efetivos, substituindo por adolescentes que trabalham nos dias de semana, deixando a situação ainda mais grave aos fins de semana.

Esse é um dos motivos que faz com que algumas Pessoas Com Deficiência (PCD) sequer solicitem ajuda do metrô para sua locomoção internamente, o que foi triste caso de André. Também sofremos com a falta e precariedade de transceptores para rádio comunicação.

Nos sentimos de mãos atadas e com um sentimento cotidiano de impotência em nosso objetivo de atender bem a população, em especial às PCDs e seguiremos nossos esforços nesse sentido. Exigimos providências imediatas do Metrô para sanar estes problemas, bem como toda a assistência que seja necessária à família da vítima.

Também dizemos não à criminalização da operadora de trem, que não tinha nenhuma condição de evitar o fato. Desejamos que familiares e amigos/as de André tenham muita força para enfrentar esse momento tão difícil e nos colocamos à disposição para ajudar em tudo que for preciso e estiver a nosso alcance.

São Paulo, 14 de abril de 2015"




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