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Cortes de verba contra o povo | Metrôs de cinco capitais podem deixar de funcionar devido a corte de verbas

As linhas de metrôs de Recife, João Pessoa, Natal, Maceió e Belo Horizonte podem deixar de funcionar devido a cortes do orçamento feito pelo governo federal.

quinta-feira 5 de abril de 2018 | Edição do dia

Os metrôs, geridos pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), de cinco capitais brasileiras poderão ser fechados devido ao corte de verbas provindas do Governo Federal. A informação foi dada pelo atual presidente da companhia, José Marques de Lima, durante uma audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) nesta quarta-feira (4).

Estima-se que mais de 600 mil pessoas sejam afetadas pela ação, em sua grande maioria a população trabalhadora de regiões periféricas destas grandes cidades.

Apesar dos consecutivos aumentos nos valores da passagem do transporte público o orçamento total destinado aos veículos leves sobre trilhos (VLTs) fechou em queda, se comparado com o ano anterior. Referente ao investimento do Governo Federal, que no ano de 2017 foi de R$ 265 milhões, em 2018 será de R$ 142 milhões. Com este valor, Lima vê a possibilidade de paralisação no funcionamento já no final deste mês de abril.

O anúncio surpreende os especialistas na área de gestão pública pelo grau de contradição apresentada frente a um contexto de desaceleração econômica. Rômulo Dante Orrico Filho, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), observou que os investimentos em mobilidade urbana, especialmente em trens, metrôs e VLTs ajudam a aliviar o trânsito das cidades e têm impacto positivo na produtividade.

“Reduzir investimentos em sistemas ferroviários urbanos é um contrassenso à economia, e a consequência é a elevação do Custo Urbano Brasil”, enfatizou.

A CBTU é uma empresa de capital misto, ou seja, possui capital privado e público, sendo ligada ao Ministério das Cidades. Nos últimos anos recebeu um investimento crescente do Governo Federal, ao ponto de em 2012 chegar a receber R$ 783 milhões por meio do Programa de Aceleração do Crescimento. A única maneira de realmente verificar a situação da empresa é que todos os livros de contabilidade sejam abertos, onde se apresentem até mesmo o valor recebido por cada pessoa ligada a empresa para compreender onde de fato está sendo injetado o orçamento da empresa.




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