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PRIVATIZAÇÃO METRÔ SP | Metrô de SP anda de portas abertas e coloca população em risco

sexta-feira 14 de outubro de 2016 | Edição do dia

Na manhã desta sexta-feira vazou um vídeo em que uma composição da Linha 15 Prata, fabricada pela Bombardier, que liga a estação Vila Prudente à estação Oratório, mostra o trem saindo da plataforma com suas portas completamente abertas. O caso ocorreu na última segunda-feira, dia 10, às 11h.

O mais chocante destas imagens são que neste trecho, operado por uma tecnologia conhecida por Veículo Leve sobre Trilhos - VLT, os trens ficam a mais de 15 metros de altura em uma plataforma que não possui qualquer saída de emergência, o poderia ter ocasionado, em horários de maior movimento, um acidente sem precedentes na história do Metrô em São Paulo, podendo causar a morte de centenas de pessoas que cairiam sobre os carros da Avenida Inhanha Melo, na Zona Leste de São Paulo. Para completar o problema, estes trens não possuem operador de trem, que poderia visualizar e atuar sobre este tipo de problema. Este mesmo tipo de tecnologia está presente nos trens da Linha 4 amarela, hoje privatizada, e sendo implementada na Linha 2 Verde. Veja o vídeo:

Este caso escancara o projeto de privatização do governador Geraldo Alckmin e do Metrô de São Paulo, que cada dia mais diminui o operativo de funcionários e tenta implantar em todas as linha um sistema de operação de trem sem operadores, sistema de CBTC, que ocasionou um acidente na Linha 2 verde no início deste mês.

Marília Rocha, operadora de trem da Linha 3 Vermelha e diretora eleita para o Sindicato dos metroviários alerta "Desde o sindicato dos metroviários e através da atuação que viemos desenvolvendo na CIPA, estamos denunciando o caráter precário do sistema CBTC, que não é uma modernização, mas sim uma maneira de extinguir um cargo extremamente necessário para a segurança dos usuários."

Para Felipe Guarnieri, Operador de trem da Linha 1 Azul, denuncia "As empresas envolvidas na construção desses trens e da tecnologia, que elimina a necessidade de operador de trem, estão até o pescoço envolvidas com os casos de corrupção no Metrô, desde o governo Covas, a mais de 10 anos. Mesmo assim Geraldo Alckmin segue fazendo negócio com empresas como Bombardier, Alstom e Siemens, condenadas internacionalmente por casos de corrupção. Trocam a segurança dos usuários por milhões em lucros para as empresas. Chega de dar lucro aos empresários! Transporte não é mercadoria e deve ser tratada como um direito. Por um metrô estatal e de qualidade, contratação de mais funcionários e uma gestão que envolva funcionários e usuários."




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