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REORGANIZAÇÃO DAS ESCOLAS | Mercadante do PT defende fechamentos de escolas pelo PSDB em SP

O ministro da Educação, Aloísio Mercadante soltou uma declaração pública em audiência no senado sobre a política de reestruturação das escolas públicas proposta pelo governo do PSDB em São Paulo. O atual ministro da educação nomeado por Dilma apoia e acha extremamente necessária as medidas da dita ´´reorganização´´ que vão ser implementadas na rede estadual paulista, que fechará escolas e salas.

quarta-feira 28 de outubro de 2015 | 23:55

O ministro da Educação, Aloísio Mercadante soltou uma declaração pública em audiência no senado sobre a política de reestruturação das escolas públicas proposta pelo governo do PSDB em São Paulo. O atual ministro da educação nomeado por Dilma apoia e acha extremamente necessária as medidas da dita ´´reorganização´´ que vão ser implementadas na rede estadual paulista, que fechará escolas e salas.

Seu argumento é que o fechamento de escolas do ponto de vista pedagógico não tem problema, pois a separação de escolas por faixas etárias tem sentido. Sabemos que esta medida proposta por Alckmin está bem longe de ser uma saída para educação, pois se dá num contexto onde um expressivo número de salas de aula foram fechadas, corte de verba na educação, demissão de mais de 21 mil professores no começo do ano e suspensão da convocação do último concurso público e de novas contratações na rede.

Qualquer um que conhece o governo do PSDB sabe que este não tem nenhum interesse em melhorar a educação. Pra melhorar a educação pública, há que construir mais escolas, diminuir o número de alunos nas salas de aulas, investir em equipamentos, diminuir a jornada de trabalho sem reduzir o salário, aumentar o salário dos professores para o salário mínimo estabelecido pelo DIEESE e chamar todos os professores que passaram no último concurso e efetivar todos os professores categoria O.

Esta última declaração pública do ministro da educação mostra muito bem a serviço de quem está a tão falada pátria educadora de Dilma. A mesma pátria educadora que cortou bilhões das universidades federais, deixando universidades como a UFRJ na beira da falência, e também que não abriu negociação com os trabalhadores da educação das federais que protagonizaram uma greve histórica de mais de 100 dias. E que para atacar a Educação há acordo entre PT e PSDB.

O que podemos entender da declaração do ministro é que todos os setores da ordem burguesa estão unidos para fazer com que a crise econômica que o Brasil está atravessando seja paga pelos trabalhadores. Por isso que estamos vendo o PT e o PSDB implementando em todos os níveis políticas de corte idênticas para a educação, pois o corte que o PT faz na educação em âmbito federal, e o PCdoB na importante cidade de Contagem em MG, é o mesmo que o PSDB faz em estados como São Paulo e Paraná.

Enquanto isso, vimos o governo de Dilma dar aumento de salário para os funcionários do alto escalão do judiciário aumentando o seu salário, mas também o governador Geraldo Alckmin deu aumento pra si mesmo e seus secretários. Mais do que isso, são estes mesmos governos que tem políticas para favorecer os banqueiros e os grandes empresários obterem mês a mês taxas de lucros cada vez maiores.

A direção majoritária da APEOESP, ligada à Articulação e ao PCdoB, não está preparando os professores para que entrem junto com os estudantes nesta importante luta. Não preparam, pois tem medo que uma unidade entre os professores e os estudantes que estão saindo às ruas possa colocar em xeque o governo federal defendido por Bebel e seus comparsas. A mesma direção majoritária da APEOESP que não preparou para a greve de 92 dias e desgastou a categoria, não oferecendo fundo de greve e deixando os professores com reposições impossíveis de cumprir.

Os setores majoritários da Oposição Alternativa tem que convocar imediatamente uma encontro de todas as oposições tirado na última plenária para organizar um polo antigovernista e antiburocrático na categoria. Este chamado tem que ser direcionado principalmente para o Bloco de Oposição ligado a setores do PSOL, mas para isso estes setores precisam romper com a frente criada pela CUT e demais entidades governistas com o objetivo de defender o governo de Dilma.




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