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POLICIA ASSASSINA | Barbárie: menino de 10 anos é assassinado por policial militar na grande São Paulo

Na noite do dia 2 de Junho, a Polícia Militar de São Paulo cometeu uma atrocidade, mais uma para o seu histórico de assassinos da juventude pobre, preta e periférica. Assassinaram um garoto de 10 anos, com um tiro na cabeça, sob a alegação de legítima defesa.

Ítalo GimenesMestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN

sábado 4 de junho de 2016 | Edição do dia

(Fonte da imagem: G1 Notícias)

O contexto dessa barbaridade é narrado com dois garotos, um de 10 e outro de 11 anos, engraxates na grande São Paulo, moradores da periferia da cidade, pulando o muro de um condomínio na Zona Leste, onde encontraram um carro com janela aberta e chave no contato e saíram do condomínio, com o menino de 10 no volante, até que policiais militares em ronda no bairro começaram a perseguir o carro, que bateu em um ônibus e um caminhão até que parasse. Supostamente, ao ser abordado pelos policiais, ainda dentro do carro, o garoto que estava no volante portava um revolver calibre 38 e trocou tiros com policiais, que o mataram com um tiro na cabeça.

Essa é a versão da polícia militar sobre o ocorrido. Em reportagem no G1, familiares e vizinhos questionam a veracidade dessa história. Não é fácil acreditar que um garoto de 10 anos teria conseguido uma arma e, sabendo como a polícia trata jovens como ele, negro e periférico, teria enfrentado mais de um policial que o estaria abordando.

Na noite de hoje, o garoto de 11 anos que estava no carro com o menino assassinado relatou que ele havia disparado de dentro do carro durante a perseguição, mas que não havia confrontado os policiais quando abordaram o carro.

Não podemos ter a menor confiança na versão que a polícia conta dessa história e de todas as outras. Essa polícia já se provou racista até a medula quando protagonizou chacinas históricas, como na Candelária e no Carandirú, mas também quando matou Amarildo e DG, quando arrastou Claudia, em cada auto de resistência forjado e estatística de homicídio manqueada pelo governo, que é treinada pra ver um jovem negro e condená-lo como culpado, até que ele prove o contrário. Essa é a versão da polícia que ganhou o título de mais assassina do mundo, que, quando se trata da população negra e periférica, tem aval do Estado e da impunidade da Justiça burguesa para mata-la sem julgamento, mesmo quando se trata de um menino de 10 anos.

Essa polícia precisa acabar, seu único trabalho tem sido reprimir os lutadores e massacrar a juventude negra e pobre. Casos como esse nos mostram a necessidade de colocar nas mãos de toda população pobre e trabalhadora, em sua maioria negra, o poder de decidir sobre a realidade do país, que hoje vive um golpe reacionário que promete reprimir e golpear ainda mais essa população, fortalecer, unificar e coordenar cada luta por direitos no pais é um passo necessário para avançar na organização dos trabalhadores e jovens que podem impor uma nova Constituição através da luta, e entre tantas medidas por fim a barbárie da violência policial.




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