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ELEIÇÕES 2018 | Meirelles doa R$ 20 milhões para a própria campanha

Meirelles é o quinto candidato mais rico do país e repassou o dinheiro em uma única transferência na última segunda-feira.

quinta-feira 23 de agosto de 2018 | Edição do dia

Foto: Adriano Machado/Reuters

O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, candidato à presidência pelo MDB fez uma doação para financiar a própria campanha no valor de R$ 20 milhões.

A doação feita pelo candidato é a maior doação feita por pessoa física registrada até agora no TSE. Valores maiores que esse foram repassados pelos partidos utilizando o fundo eleitoral. Nesta eleição os candidatos não podem mais arrecadar dinheiro de empresas para suas campanhas, no entanto, eles mesmos podem bancar com a totalidade de seus gastos respeitando o teto para cada cargo, no caso da presidência, o teto é de R$ 70 milhões para o primeiro turno e R$ 35 milhões para o segundo.

A regra beneficia candidatos burgueses e é uma forma de maquiar financiamento de empresários, uma vez que um candidato ou aliado que tenha uma empresa pode realizar uma doação por fora de sua empresa.

Geraldo Alckmin do PSDB recebeu também um alto financiamento a sua campanha, no valor de R$ 43,3 milhões, mas esse valor veio do fundo eleitoral do partido, que possui R$ 185,8 milhões do total de R$ 1,7 bilhão destinado ao fundo. O MDB é o partido com maior fatia do fundo, no valor de R$ 234,2 milhões, mas esse fundo não será usado na campanha de Meirelles.

Meirelles declarou um patrimônio de R$ 377,4 milhões ao registrar a candidatura, o que o coloca em quinto lugar em tamanho de patrimônio entre os candidatos dessas eleições. Ele não foi o único a se autofinanciar na campanha, Carlos Amastha do PSB doou R$ 1,45 milhão para a sua própria campanha.

A disputa eleitoral acontece de forma a beneficiar os candidatos mais ricos, o próprio tempo de TV é determinado de forma a favorecer os candidatos preferidos da burguesia, enquanto doações milionárias acontecem, a população sofre com o desemprego e os impactos da crise, além disso, sem poder decidir em quem votar pois o candidato à presidência que mais cresce nas pesquisas está preso e não poderá ser eleito.

Esta casta de políticos da ordem se beneficiam dia após dia com seus privilégios enquanto planejam eleger em outubro um candidato apto para atacar ainda mais a população com a Reforma da previdência, o pagamento da dívida pública e uma série de ajustes que vêm para comprometer ainda mais nossas vidas.




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