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MASSACRE HOMOFÓBICO EM ORLANDO | Massacre em Orlando: Hilary Clinton diz que é preciso defender a segurança nacional e Donald Trump pede a renúncia de Obama

segunda-feira 13 de junho de 2016 | Edição do dia

O candidato Republicano à presidência Donald Trump disse nesta segunda-feira (13) que os Estados Unidos precisa aumentar sua resposta militar contra o Estado Islâmico, incluindo bombardeios, após o tiroteio na casa noturna Pulse em Orlando, na Flórida. Em uma entrevista à Fox News, Trump disse que irá falar sobre os atos terroristas em um discurso no estado de Nova Hampshire.

A avalanche de tuítes e declarações de Trump ao decorrer do dia contrastava de maneira evidente com a postura mais cuidadosa de Hilary Clinton.

Após o massacre de Orlando, Hilary disse nesta segunda-feira em declarações cautelosas, que os Estados Unidos deve encontrar uma maneira de manter o país a salvo sem demonizar os mulçumanos norte-americanos. Em entrevista à MSNBC, Hilary garantiu que apoiaria medidas mais duras para evitar esse tipo de ataque e pediu um maior monitoramento da internet, mostrando sua predisposição a medidas que possam restringir ainda mais as liberdades democráticas no país.

Trump defende: a renúncia de Obama e de Hilary

Depois do pronunciamento do presidente Barack Obama em rede nacional, Trump garantiu que o ataque que deixou 50 mortos em Orlando foi obra do “terrorismo islâmico radical” e culpou diretamente o presidente.

“Em seus comentários de hoje, o presidente Obama infelizmente se negou, inclusive, a usar a palavra Islam radical (fundamentalismo islâmico). Só por esse motivo já deveria renunciar”, disse Trump, reiterando que “Se mesmo depois desse ataque, Hilary Clinton não consegue usar o termo Islam Radical, ela deveria renunciar sua candidatura á presidência”.

De maneira egoísta e individualista, Trump aproveita os ataques em Orlando para “levar a água ao seu próprio moinho” na disputa eleitoral norte-americana. Mas não se pode ignorar que, enquanto Trump se coloca contra o “terrorismo”, o ataque em Orlando foi direcionado contra a comunidade LGBT (Lésbiscas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) e a comunidade latina, justamente os dois setores constantemente atacados por Trump durante sua campanha eleitoral, que inclui declarações racistas e homofóbicas.

Embora as declarações de Hilary pareçam ser mais moderadas que as de seu rival Republicano, o chamado para reforçar a segurança nacional omite a constante ingerência norte-americana com guerras no exterior e a tomada de medidas reacionárias internas que alimentam ataques como o de Orlando. Ambos os candidatos começaram a conduzir a campanha eleitoral dos EUA com atitudes ainda mais de direita.

Tradutor: Cassius Vinicius




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