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DENÚNCIA HOMOFOBIA | Manifestante LGBT é agredido por dono de bar em Botafogo- RJ

sábado 4 de abril de 2015 | 23:56

Na ultima quarta feira (1), o ativista LGBT Lucas Pinheiro, de 26 anos, foi agredido e ameaçado com um pedaço de madeira, pelo dono do Bar Durangos, no Bairro do Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Num vídeo que o ativista gravou pelo celular, ele mostra que dentro da cozinha havia uma espécie de cassetete, que foi usado para a agressão a ele e outros ativistas LGBT que o acompanhavam. Eles estavam em um ato de repúdio contra um caso de lesbofobia que ocorreu em outro bar, na mesma rua, a Voluntários da Pátria. Decidiram parar no bar Durangos, para tomar uma “saideira” e nesse momento foram eles, as vítimas da homofobia que estavam repudiando.

Com um megafone continuavam manifestando seu repúdio caso de lesbofobia, na direção do outro bar. O dono do Durangos pediu para que eles parassem de gritar, mas os militantes recusaram- se a silenciar diante de mais um caso de lesbofobia. Foi assim que o dono do bar decidiu chamar a polícia e os seguranças para impedir que eles continuassem se manifestando. Além disso, segundo o ativista, o proprietário do Durangos tentou impedir que a presidente do grupo TransRevolução, Indianara Alves Siqueira, continuasse com o alto falante na mão. Em entrevista ao jornal Extra e com ferimentos nas mãos e no rosto, Lucas relatou que:

— A gente estava gritando contra o outro bar e ele não estava gostando. De repente, apareceu o segurança do bar segurando um porrete e ficou ameaçando a gente. Foi quando eu peguei meu celular e comecei a gravar. O dono do bar viu que eu tava gravando e tirou o telefone da minha mão. Eu corri atrás e o filho dele também me perseguiu. Fui agredido com socos, chutes e pontapés. Quando eu levantei, já vi que estava todo ensanguentado.

A polícia foi chamada e ambos foram levados até o 10º DP do Botafogo. Lucas e outros dois amigos registraram ocorrência por agressão homofóbica e seguiram para o IML onde fizeram corpo de delito. Mais uma vez LGBTs são agredidos e impedidos de estar em espaços públicos. Lucas e seus companheiros estavam protestando contra um caso de lesbofobia e acabaram sendo vitimas do mesmo preconceito que estavam lutando contra.

Em nota divulgada pelo facebook, o proprietário Alexandre Flores, declarou que “Deixo para as autoridades competentes apurarem e tomarem as medidas cabíves aos lados envolvidos”. As autoridades competentes no caso é a polícia, aparato repressor do estado, que sempre se coloca ao lado dos patrões e nunca defende os direitos da população oprimida e trabalhadora.

Em nenhum momento da nota o proprietário se retrata em relação a agressão ao militante LGBT e pelo contrário tenta justificar sua posição dizendo “Sempre trabalhei com brancos, negros, homossexuais e toda e qualquer pessoa que estivesse precisando trabalhar e se enquadrasse dentro das necessidades mínimas da empresa para o cargo. Inclusive tenho hoje PESSOAS de várias opções sexuais trabalhando para mim, inclusive homossexuais. Porque trabalho não é opção sexual e sim disponibilidade, disposição, capacidade e outras”.

Na página do facebook um grupo de frequentadores marcou para domingo, um ato de apoio ao bar. Após o ocorrido, o grupo de ativistas LGBT deve realizar outro protesto, dessa vez contra o bar Durangos e o caso de homofobia.




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