Quinta-feira, 12 de maio, trabalhadores e estudantes panfletaram a sexta edição impressa do Jornal Esquerda Diário (agora quinzenal) na porta da Mecano Fabril, uma importante autopeças de Osasco.
Fábio NunesVale do Paraíba
sexta-feira 13 de maio de 2016 | Edição do dia
O Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região (Força Sindical) e os operários e as operárias realizaram uma assembléia para discutir o atraso dos salários e dos abonos referentes aos meses janeiro/fevereiro e os quase três anos de FGTS atrasados.Também discutiram a proposta da empresa de renovar por mais três meses o programa de redução da jornada de trabalho e do salário.
Os trabalhadores votaram pela redução e não conseguiram arrancar o pagamento imediato dos salários e direitos atrasados. Segundo o sindicato a Mecano apresenta sinais reais de falência e o patrão não tem dinheiro nem para comprar matéria-prima para produzir.
Mas os metalúrgicos e metalúrgicas sabem que esta empresa lucrou milhões nos governos do PT e que a Prefeitura da cidade retirou impostos e cedeu inúmeros benefícios para manter a fábrica funcionando. O patrão também é dono de fazendas no Paraná. Como assim não tem dinheiro?
O Esquerda Diário e a Juventude Faísca acompanhamos ativamente as últimas duas greves deflagradas na Mecano Fabril no começo deste ano. Defendemos em nossos materiais que o sindicato e os trabalhadores precisam exigir o pagamento imediato dos salários/direitos atrasados e a abertura imediata dos livros de contabilidade da empresa para termos certeza para onde foi e está indo todo o dinheiro. Não basta falar, tem que provar!
O diretor do sindicato levantou a hipótese de uma possível melhora econômica com o novo governo de Michel Temer. Conversamos com alguns operários e operárias sobre o impeachment e o clima era de derrota e apreensão. Um trabalhador acredita que vai ter um processo de terceirização pesado.
O governo Dilma fez ajustes, atacou a classe trabalhadora e preparou o terreno para o avanço da direita. O projeto do novo governo é atacar mais e mais rápido.
É preciso apoiar e radicalizar as lutas contra os ataques e o golpe institucional!
E se o patrão fechar a fábrica? Façamos como os trabalhadores da Mabe de Campinas e Hortolândia que ocuparam as plantas da empresa em defesa da manutenção dos empregos. Façamos como os estudantes que ocupam escolas no RJ, SP, CE e RS.
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