Dos 66 deputados titulares da Comissão de Constituição e justiça (CCJ), que irá deliberar sobre a denúncia encaminhada por Janot contra Temer, apenas quatro declaram publicamente que irão rejeitar a denúncia.
quarta-feira 28 de junho de 2017 | Edição do dia
A incerteza sobre a deliberação dos deputados na CCJ, que irá analisar a denúncia encaminha por Janot contra Temer por corrupção passiva, ainda é algo vivo. Após dois dias do caso, apenas quatro deputados declaram publicamente a rejeição, dentre eles Paulo Maluf.
O deputado Maluf, acostumado com o banco dos réus, esperou apenas virar o dia da denúncia contra Temer para sair em sua defesa. Disse que os "deputados deveriam deixar o governo trabalhar", referindo-se a aprovação das reformas trabalhista e da previdência.
Ao referir-se a baixíssima popularidade de Temer (7% segundo Datafolha), disse que "na hora que os nossos votos forem orientados pelo Datafolha e pelo Ibope temos que rasgar a Constituição". Maluf já havia defendido o presidente golpista anteriormente, quando a denúncia de Janot ainda não estava consolidada, entretanto, tomou novamente a dianteira da defesa, ao passo que o restante não declarou mais seu voto.
Além do deputado que é isento da Justiça, os deputados Andre Moura (PSC-SE), Fausto Pinato (PP-SP) e Maia Filho (PP-PI) declaram que irão rejeitar a denúncia. Ao passo que 13 deputados da oposição já anteciparam que irão aceitar a denúncia de Janot. Mas até agora os indecisos somam maioria, ainda debatem com seus partidos a posição a tomar frente a crise do governo de Temer.
Confira aqui o que ocorre a partir de agora com a tramitação da denúncia.