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UNIVERSIDADE | Mais um descaso com relação à permanência estudantil na UNESP Araraquara

terça-feira 1º de dezembro de 2015 | 00:00

Todos os anos os estudantes da UNESP Araraquara passam pelo processo de requisição das bolsas de auxilio estudantil que verifica a “necessidade” de cada estudante frente a oferta de bolsas disponíveis para o auxilio. Os estudantes, pela burocracia e falta de assistência no processo, consideram essa “a última prova do ano”. Somente o estudante pobre e filho de trabalhador, que não tem condições de se manter na universidade por conta própria ou com auxílio da família, é que precisa se submeter a esse processo.

A falta de assistentes social torna o processo ainda mais penoso para os estudantes. Sem profissionais habilitadas, as informações que o NAE disponibiliza, os documentos exigidos e os pareceres ficam desencontrados, deixando a cargo de “canetadas” da diretoria os pareceres com relação as solicitações dos estudantes.

O descaso com a permanência estudantil na UNESP não é novidade

Sem bandejão a quase um ano, com falta de vagas e estrutura no moradia estudantil e bolsas com valor e quantidades insuficientes; a permanência estudantil na UNESP Araraquara e, na realidade, no conjunto da UNESP, é tratada com descaso pela diretoria e Reitoria e coloca os estudantes numa situação de extrema fragilidade, pondo em risco seu desenvolvimento e sua possibilidade disputar o conhecimento da universidade.

A atual “minuta de permanência estudantil”, que define os parâmetros para a disponibilização de bolsas, não é um documento redigido de maneira democrática com participação dos estudantes, mas sim outorgado pelo Conselho de Diretores, órgão que não é reconhecido pelo conjunto da instituição e cuja estrutura não mantém nem mesmo o 70-15-15. Ou seja, a minuta vigente foi definida pra além da participação dos estudantes e trabalhadores da universidade e contra os próprios preceitos da instituição.

Em um contexto de crise econômica no país, as universidades paulistas (USP, UNESP e UNICAMP) vêm sofrendo diversos cortes. Os primeiros cortes são a permanência estudantil que afeta diretamente a possibilidade do estudante se manterem na universidade, aumentando os números de evasão e elitizando, ainda mais, a universidade “pública”. Entretanto, os cortes que a universidade promove são seletivos, por que ao mesmo tempo que precariza a permanência, o ensino, a pesquisa e a extensão, mantém salários “extravagantes” para professores e membros da burocracia acadêmica, os chamados “super salários”.

Para saber mais:

http://www.esquerdadiario.com.br/Os-supersalarios-e-as-contradicoes-do-Reitor-da-Unesp

http://www.esquerdadiario.com.br/OBRAS-PARADAS-BARRIGAS-VAZIAS




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