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DEMISSÕES | Mais de 94 mil vagas de carteira assinada são fechadas em julho

Com mais de 11 milhões de desempregados, as demissões e o consequente fechamento de postos de trabalho continua no país. De acordo com o Ministério do Trabalho foram 94.724 vagas formais fechadas, e considerando o ano todo o número chega a 623.520. São os piores índices dos últimos anos.

sexta-feira 26 de agosto de 2016 | Edição do dia

Apesar de uma certa euforia do mercado e da grande mídia com um suposto reaquecimento da economia brasileira, a classe trabalhadora continua amargando índices cada vez mais de desemprego. O Ministério do Trabalho divulgou nesta quinta-feira (25) que o fechamento de vagas no mês de julho foi maior do que em junho, quando CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados registrou 91.032 vagas a menos com carteira assinada.

O setor de serviços, com 40.140 vagas fechadas, e a construção civil, com 27.718, são os setores que mais demitiram sem a perspectiva de readmitir. O comércio perdeu 16.296 vagas, e os diferentes setores da indústria somam 15.061, sendo 13.298 da indústria de transformação.

Além das demissões, os operários enfrentam atrasos de salários e ameças de fechar a fábrica, como na Mecano Fabril, em Osasco, onde os trabalhadores deflagraram greve devido aos ataques da patronal. Se os patrões alegam não ter dinheiro para cumprir com o direito mais elementar dos operários, que é seu salário, é necessário que, imediatamente, abram os livros de contabilidade para que todos possam tomar conhecimento da real situação. Assim é na Mecano e em qualquer indústria que atrase salários.

Tentando maquiar a situação, Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho disse que o fechamento de postos de trabalho "desacelerou", o que, na prática, não significa que diminui, mas que já não cresce no mesmo ritmo. Talvez esse dado seja bom para fazer propaganda do governo golpista, mas não muda a situação da vida de milhões de trabalhadoras e trabalhadores que não tem como sustentar suas famílias, continuam sofrendo com o desemprego e cada vez mais endividados.




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