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Eleições do DCE na UFABC | Mais de 170 estudantes exigem adiamento do calendário eleitoral do DCE e nova assembleia geral

Nesta quarta-feira (22), foi encaminhado por e-mail à Comissão Eleitoral e ao Diretório Central dos Estudantes um abaixo-assinado com mais de 170 assinaturas de estudantes da UFABC exigindo o adiamento do calendário eleitoral para as novas eleições da entidade e uma nova assembleia geral para que os estudantes possam ser parte ativa da construção do movimento estudantil e das suas entidades por meio de um espaço democrático, para debater e se articular em chapas e poder concorrer as eleições. O que não é possível frente a definição de um calendário eleitoral que teve início no feriado de Corpus Christi, numa assembleia com cerca de 30 pessoas e cujo o Regimento Eleitoral exige 30 membros para a formação de chapa.

quarta-feira 22 de junho de 2022 | Edição do dia

Desde a Assembleia Geral do DCE da última quarta-feira (15), vésperas de feriado de Corpus Christi, onde se aprovou um calendário eleitoral extremamente burocrático, houve um enorme rechaço por grande partes dos estudantes. Expressos pela fala de estudantes que não se sentiram incluídos no processo eleitoral e outros vários que não tinham conhecimento sobre esta eleição, muitos também adotaram uma reação de criticar as decisões da assembleia ocorrida em 15/06, destacando que o processo aprovado desmobiliza outras formações de chapa e qualquer oposição nas eleições estudantis.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) que é uma importante entidade representativa dos estudantes da graduação da UFABC, somando os dois campus e todos os cursos de ingresso como BCH, BCT, LCNE e LCH, está sob a mesma gestão desde 2019. 

E em menos de duas semanas de aulas presenciais, depois de 2 anos de pandemia e ensino Remoto, onde ainda os ingressantes de 2020 e 2021 sequer conheceram direito o campus e seus colegas de turma, ou tiveram a oportunidade de se articular ou estar em uma assembleia de forma presencial, a atual gestão Todas as Vozes, dirigida pelo Movimento Correnteza, aprovou em uma assembleia sem chamamento amplo e em horário que não atinge boa parte dos estudantes trabalhadores, sem passagens em sala, sem panfletagens nos campus, um calendário eleitoral que só beneficia eles mesmos. E que combinado ao regime eleitoral aprovado no Congresso de Estudantes que exige a participação mínima de 30 estudantes, isso se torna ainda mais improvável.

Também impede o direito democrático elementar de qualquer estudante poder se envolver neste processo, abrir diálogos, ter tempo hábil de montar uma chapa, debater qual programa os estudantes devem defender frente a enorme crise nacional que vivemos e os graves problemas de permanência estudantil e qual sua concepção de entidade.

Para nós da Faísca Revolucionária, que impulsionamos este Manifesto junto com estudantes independentes (sem filiação partidária ou associado a própria Faísca) após uma reunião aberta que realizamos na segunda-feira às pressas devido a este calendário burocrático, o mais importante nos processos eleitorais é a politização dos estudantes e a busca pelo seu maior envolvimento, permitindo assim fortalecer o movimento estudantil desde as bases, as suas formas de organização, possibilitando uma intervenção ativa com sugestões, críticas e opiniões que permitam melhorar e aprofundar a força social dos estudantes numa luta consequente por uma universidade à serviço da classe trabalhadora.

Isso se torna ainda mais importante frente aos enormes ataques à educação de Bolsonaro, como o recente congelamento de 14% do orçamento, o que ameaça a sobrevivência de diversas universidades pelo país e já ameaça a existência dos fretados inter-campus na UFABC. Para enfrentar Bolsonaro, Mourão, a extrema direita que aprova junto ao Congresso Nacional diversos ataques, inclusive o Homeschooling e a tentativa de cobrança de mensalidades nas universidade públicas, precisamos de um movimento estudantil fortalecido nacionalmente, o que passa por recuperar as entidades estudantis para a mão dos estudantes desde cada universidade até a União Nacional dos Estudantes (UNE) para que sejam verdadeiras entidades combativas que sejam uma ferramenta para auto organizar os estudantes, manter e elevar sua politização e garantir a forma mais democrática de intervenção dentro e fora das universidades. 

Hoje enviamos para a Comissão Eleitoral e para o DCE as 173 assinaturas recolhidas de forma presencial no Campus de São Bernardo do Campo e as que foram recolhidas de forma on-line. E aguardamos um posicionamento público da Comissão Eleitoral a respeito disso.


Temas

UFABC    Juventude



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