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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Maia e Bolsonaro dão presente de R$17 bilhões ao agronegócio na Reforma da Previdência

Dizem que sem reforma da previdência haveria o caos. Falam que temos que aceitar cortes na educação ou perder o direito à aposentadoria. Mentiras à serviço de desviar recursos para os donos da dívida e para imbutir na reforma um bônus de R$17 bilhões ao agronegócio.

terça-feira 18 de junho de 2019 | Edição do dia

Maia e Guedes tem batido cabeça na Reforma da Previdência. O tamanho dos recursos que serão entregues aos donos da dívida é o centro de seu debate. Mas nenhum deles nem Bolsonaro está irritado com o conchavo para entregar R$17 bilhões a patrocinadores de suas campanhas: o agronegócio.

Guedes perdeu a estribeira com a Câmara por alterar sua reforma da previdência, modificando a imensa fortuna de R$1,2 trilhão que iria a entregar aos donos da dívida para algo em torno de R$900 bilhões. Mas ele não perdeu as estribeiras por um bônus bilionário para os reis da soja, milho, e boi.

Uma mudança no substitutivo da reforma da Previdência pode abrir brecha para que o perdão de dívidas do Funrural seja aprovado no futuro pelo Congresso. Segundo o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), a alteração foi negociada com o relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), antes da apresentação de seu relatório na Comissão Especial.

Ou seja no conchavo todo incluíram uma "jaboticaba" para agradar um parceiro fundamental do governo Bolsonaro. Um parceiro, que justiça seja feita, sempre esteve umbilicalmente ligado aos governos Dilma também, como ficou mostrado no papel da ruralista Kátia Abreu (vice de Ciro na última campanha).

Com a mudança, o deputado diz que Bolsonaro poderá cumprir promessa de campanha feita ao agronegócio. Nem o governo sabe o valor da dívida dos ruralistas, mas cálculos preliminares apontam que a anistia ao setor pode chegar a R$ 17 bilhões.

Ou seja trata-se de um "saco sem fundo" para agradar a soja.

Com este favor aos bilionários, aos latifundiários fica explícito como a reforma da previdência é uma chantagem para retirada de direitos. Trata-se não de uma feita de recursos em si, mas de uma construção do orçamento para favorecer os empresários diária e diretamente ou através dos cortes para pagar a ilegal e fraudulenta dívida pública.




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