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ELEIÇÕES 2018 - SEGUNDO TURNO | Macri, presidente argentino, se apressa em saudar a vitória do ultra-direitista Bolsonaro

domingo 28 de outubro de 2018 | Edição do dia

Mauricio Macri, presidente argentino que se espelhou no governo e nos ataques de Temer, e procura por todas as formas descarregar a crise nos ombros dos trabalhadores, foi o primeiro chefe de Estado a correr para saudar a vitória eleitoral da extrema-direita e Jair Bolsonaro nas eleições brasileiras. Nas redes sociais, ele postou a seguinte mensagem:

"Felicitações a Jair Bolsonaro pelo triunfo no Brasil! Desejo que trabalhemos juntos pela relações entre nossos países e o bem-estar de argentinos e brasileiros."

Como dissemos, Bolsonaro é a continuidade violenta do governo Temer, e, como seu vice, o general Hamilton Mourão, declarou hoje após votar, a prioridade de seu governo será destruir nossas aposentadorias com a reforma da previdência. Isso é bem familiar para Macri, que, com uma duríssima repressão policial, que chegou a cegar manifestantes com as balas da polícia, aprovou a reforma da previdência na Argentina.

Nicolás Del Caño, deputado federal e ex-candidato à presidência pelo PTS (Partido de los Trabajadores Socialistas) e a FIT (Frente de Esquerda y de los Trabajadores) comentou a postagem de Macri com a seguinte postagem: "Macri saúda o ultra-direitista Jair Bolsonaro. Também foi o primeiro a saudar Temer após o golpe institucional. Somente a unidade da classe trabalhadora e dos povos da América Latina poderá derrotar a direita e o imperialismo."

Del Caño, junto com os partidos que compõem a Frente de Esquerda, vem dando um grande exemplo de combate à direita e aos patrões na Argentina. Não apenas protagonizaram combates fundamentais que colocaram freios nos ataques de Macri, como a luta nas ruas contra a reforma da previdência ou a importante greve dos trabalhadores da fábrica da Pepsico, que, como reconheceu o jornal Clarín, foi um dos motivos que barrou o projeto de reforma trabalhista, mas também se colocando ativamente para combater Bolsonaro. O deputado esteve no Brasil para participar das últimas manifestações contra Bolsonaro e debater a luta unificada contra a direita, e também na Argentina a FIT protagonizou manifestações na embaixada brasileira contra o candidato da extrema-direita.

A saudação de Macri mostra que os governos direitistas e os patrões estão unificados para nos atacar. A resposta de Del Caño mostra que nós, trabalhadores, jovens, setores oprimidos da sociedade, também temos que nos unificar e combater na América Latina, com um só punho, esses planos de ataque. É fundamental tomarmos as ruas, formarmos nossos comitês de base em cada local de estudo e de trabalho, e fortalecermos nossa organização sindical e política para enfrentar Bolsonaro, Macri e colocar uma resposta dos trabalhadores para que sejam os patrões a pagar pela crise.




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