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MEC usa Enem para pressionar ocupações de escola

Nessa quarta-feira, 19, o ministro golpista da educação Mendonça Filho chantageou os estudantes que estão em luta, ocupando suas escolas contra a reforma no ensino médio e a PEC 241, dizendo que a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) pode ser adiado em mais 180 escolas pelo Brasil, prejudicando um total de 95 mil candidatos.

quarta-feira 19 de outubro de 2016 | Edição do dia

Segundo o MEC "dos 181 locais de prova afetados, 145 são do Paraná”, local onde mais de 800 escolas estão sendo ocupadas nesse momento, mostrando muita disposição da juventude em lutar contra o governo golpista e todos seus ataques. O ministro ainda coloca o prazo, de até o dia 31, para que os estudantes deixem as ocupações escancarando a ameaça aos estudantes.

Quando questionado sobre uma possível mudança de local para que não prejudique os 95 mil candidatos, Mendonça Filho respondeu que está descartado por uma questão de “logística” e diz que já acionou a Advocacia Geral da União para responsabilizar os lutadores e ainda que os custos das provas, cerca de R$ 90,00, podem ser repassados aos estudantes.

Toda a declaração do ministro mostra que a ameaça está bastante clara aos lutadores, querendo colocá-los uns contra os outros e frear a luta dos secundaristas pelo Brasil afora, que já mostrou sua força no final do ano passado barrando a reorganização escolar em São Paulo, e que pode ser o estopim de um grande processo de luta pelo país contra os ataques do governo golpista, sobretudo a reforma do ensino médio e a PEC 241 que prevê congelamento de gastos nos direitos básicos da população, como saúde e educação.

Devemos a partir dos nossos locais de trabalho e estudo organizar uma grande campanha de solidariedade aos estudantes em luta pelo Brasil e sobretudo no Paraná, para fortalecer as ocupações e impor aos golpistas uma grande derrota, barrando a reforma do ensino médio e a PEC 241, mostrando que os trabalhadores e a juventude não vão se calar frente aos ataques que estão sendo colocados para nos fazer pagar pela crise.




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