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CRISE ECONÓMICA | Lula quer ajuste fiscal aprovado “para ontem”

Tassia ArcenioProfessora e assistente social

sexta-feira 30 de outubro de 2015 | 00:00

Nesta quinta-feira, 29, na reunião do Diretório Nacional do PT, o ex-presidente Lula afirmou que a “prioridade zero” do partido deve ser a aprovação das medidas do ajuste fiscal e que não se pode “ficar mais de seis meses discutindo o ajuste”.

Lula reforçou o que interessa a ele e ao governo do PT: “que é, na verdade, aprovar as coisas que a Dilma mandou para o Congresso”, que continuou colocando que o impeachment da presidente Dilma e a tentativa de cassação de Eduardo Cunha, presidente da Câmara e do PMDB-RJ são assuntos para depois.

“Nós temos é que começar a votar amanhã se fosse o caso", mostrando que tem pressa para retirar os direitos dos trabalhadores através das medidas do ajuste fiscal.

Enquanto Lula, Dilma e o PT discutem um ou outro ponto do ajuste com Levy, Cunha e o PMDB, e a oposição de direita, os trabalhadores continuam enfrentando uma realidade de demissões, aumento de água, luz e alimentos e diminuição de salários.

Frente a isso, é cada vez mais criminoso o papel que cumpre a burocracia sindical da CUT, que ao lado do governo, hoje defende e implementa o PPE (Programa de Proteção ao Emprego), e defende política de créditos e a médio prazo, planos inflacionários.

É também criminosa a participação de setores da esquerda, como o PSOL, na Frente do Povo Sem Medo já que está claro que os aliados da frente não podem, não querem e não vão combater o ajuste fiscal e muito menos, irão construir uma alternativa real na luta de classes ao lado dos trabalhadores.

Nesse cenário, é cada vez mais urgente e necessária a organização dos trabalhadores e da juventude, independentes do governo e dos patrões, contra as burocracias sindicais e estudantis, organizando-se desde os locais de trabalho e de estudo.




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