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ENSINO PRIVADO | Luciano Hulk e o ministro da educação: golpistas para privatizar o ensino

O MEC suspendeu no dia 18 deste mês, novos contratos do Fies. A medida também prevê suspensão de seleção para oferta de bolsas dos programas Prouni e Pronatec. Ao mesmo tempo, abre caminho para a privatização com o lançamento do PEP, Parcelamento Estudantil Privado.

quarta-feira 25 de maio de 2016 | Edição do dia

Com pouco mais de uma semana em que se deu o golpe e Michel Temer assumiu como presidente interino reformulando o governo onde alocou Mendonça Filho do DEM, um partido absolutamente conservador para definir os rumos da educação, escancarou-se que nesse governo esta não será prioridade com o anúncio das medidas de contingenciamento para conter a crise econômica.

Entre elas, está a suspensão de novas vagas para o PROUNI, FIES e PRONATEC. Mendonça Filho (DEM) promete manter os programas sociais de inclusão no ensino privado, mas sem previsão de abertura para 2016, alegando o corte ser fruto de "heranças malditas" do governo anterior, usando como exemplo o PRONATEC, que 7 meses antes de encerrar o ano já está com seu orçamento zerado.

Além disso, seriam adotados novos critérios para a seleção de bolsas, intensificando o que chama de “premissa da meritocracia”, defendendo que para um estudante receber dinheiro público para estudar, tem que apresentar resultados.

Nesse cenário de recessão econômica, o golpismo ataca a juventude e a classe trabalhadora com cortes nos direitos mais básicos, mas garantindo o lucro dos empresários e enchendo o bolso dos banqueiros enquanto sequestra nosso direito de estudar, impondo mais critérios de mérito quando os estudantes que se mantém em postos precarizados de trabalho enfrentam inúmeras dificuldades para se manter na universidade, atingindo alto índice de evasão.

Ao mesmo tempo, expressa-se cada vez mais a educação sendo conduzida para o rumo da privatização. No dia 12 deste mês foi anunciado o lançamento do Parcelamento Estudantil Privado (PEP), programa que promete ser uma alternativa ao FIES com menor taxa de juros e mais facilidades para a contratação, mas que esconde a sua real intenção de enriquecimento do setor privado enquanto endivida a juventude.

Não podemos nos iludir com as declarações demagógicas de Mendonça nem com a propaganda fantasiosa de Luciano Hulk sobre o PEP. O golpismo já começou a aprovar uma agenda neoliberal de ajustes onde a classe trabalhadora e a juventude são vítimas dos cortes nos direitos mais básicos. Os estudantes das universidades privadas devem se inspirar no exemplo dos secundaristas do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul e também aos estudantes da Unicamp, Usp e das Unesp somando na luta em defesa da educação para arrancarmos o direito ao acesso e à permanência, mas para também combatermos esse governo golpista.




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