Com assembleias do período matutino e noturno que reuniram cerca de 600 pessoas, estudantes decidem greve e ocupação imediata contra os ataques à educação.
quarta-feira 11 de maio de 2016 | Edição do dia
Esses ataques vem precarizando o conjunto da Universidade, que há anos não realiza contratação de professores ou funcionários. Além de termos como resultado salas super lotadas, são muitos aqueles que sentem os sintomas da precarização atingir sua sobrevivência, principalmente os estudantes de origem mais pobre, que estão perdendo bolsas, ou as estudantes mães, que perderam quase a totalidade das vagas nas creches.
A decisão pela greve vem também como parte da certeza a que chegamos de que os secundaristas mostraram o caminho quando conseguiram barrar a "desorganização" de Alckmin com o método generalizado de ocupações no ano passado. Nossa certeza se fortalece por saber que o atual golpe que se orquestra no país pretende aprofundar os ataques pelas mãos da direita, ataques que já vinham sendo fortemente utilizados contra a juventude e os trabalhadores durante a gestão PT.
Convidamos todos a participarem do calendário de ocupação, que contará com aulas públicas, oficinas de música, teatro e literatura, dentre outras atividades. Fazemos também um chamado às entidades e estudantes de outros cursos para que construam suas ocupações, que com muita unidade e luta coloquemos medo nos governos e arranquemos nossos direitos roubados.
