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FORA BOLSONARO, MOURÃO E GOLPISTAS | Letícia Parks: "A solidariedade aos palestinos tem que ser também contra Bolsonaro e Mourão"

Reproduzimos aqui a declaração de Letícia Parks, militante do Quilombo Vermelho e do grupo internacional de mulheres Pão e Rosas

segunda-feira 17 de maio de 2021 | Edição do dia

“Desde o dia 10 de Maio, pelo menos 197 palestinos morreram pela ofensiva do Estado sionista de Israel contra a Faixa de Gaza. É um massacre com objetivos colonialistas e de limpeza étnica, apoiado pelo imperialismo norte-americano, o governo de Joe Biden e Kamala Harris, europeu e também por Bolsonaro.

Nesse fim de semana, aconteceram manifestações massivas em vários países, em várias cidades pelo mundo. Em Paris, Londres, Liverpool, Sydney, Roma, Nova Iorque, e na Jordânia também. A solidariedade internacional com a Palestina se multiplica junto ao rechaço aos ataques de Israel. Portuários italianos, em Livorno, descobriram um navio carregado de armas e explosivos que se dirigia para Israel e tentaram impedir esse navio de sair. Esses exemplos de solidariedade dos trabalhadores, se multiplicados e combinados à luta dos trabalhadores e do povo palestino, é o que pode dar uma resposta para acabar com os ataques criminosos do Estado de Israel.

Veja também: Palestinos convocam greve geral para terça-feira contra ataques de Israel

E aqui no Brasil, nossa solidariedade aos palestinos tem que ser também contra Bolsonaro e Mourão. Bolsonaro é aliado de Israel, ele é cúmplice dos bombardeios terroristas contra o povo palestino. Ele compactuou com a tentativa de mudança de capital de Israel da cidade de Tel Aviv para Jerusalém e disse que mudaria a embaixada brasileira no país para a nova capital. Na quarta passada ele disse no Twitter que a “reação israelense” aos foguetes tinha deixado mortos de “ambos os lados”. São 197 palestinos mortos, 58 são menores de idade. 10 israelenses foram mortos. Bolsonaro tem seu lado.

E Bolsonaro não está sozinho, ele é um governo herdeiro do regime político do golpe institucional de 2016, que é tutelado pelos militares. Seu vice é general Mourão, do PRTB, que em Porto Alegre teve uma vereadora que fez discurso em apoio ao Estado de Israel em meio ao massacre. O reacionarismo se expressou também na chacina de Jacarezinho, em que Bolsonaro e Mourão foram linha de frente de reivindicar e dizer que os mortos eram todos bandidos. Em outubro de 2018, Mourão elogiava seu neto no Twitter, dizendo que era por causa do “branqueamento da raça”. E, em 2021, mais uma vez comemorou o golpe de 1964, num cenário em que era fortalecida a perseguição aos opositores de Bolsonaro pela via da não tão antiga Lei de Segurança Nacional (LSN), de 1983. Os golpistas de conjunto, como Arthur Lira (PP), presidente da Câmara, e também o STF, não rechaçaram a comemoração do golpe de 64 e agora reeditam a nova LSN, mantendo os principais aspectos repressivos. A gente tem que lutar contra todos eles.

Para acabar com o Estado sionista de Israel e garantir o retorno de todos os palestinos exilados ao território histórico da Palestina, temos que batalhar por uma Palestina operária e socialista, exigir o fim da ocupação ilegal do território palestino, o direito à autodeterminação e o fim dos bombardeios, e batalhar aqui no Brasil para unificar trabalhadores, trabalhadores imigrantes, junto aos palestinos, movimentos sociais, por Fora Bolsonaro, Mourão e os golpistas.

Confira também: Bolsonaro, aliado de Israel, é cúmplice dos bombardeios terroristas contra o povo palestino




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