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GÊNERO | Lançamento de livro sobre a “discriminação do gênero-homem” gera revolta nas redes sociais

No quinto país que mais mata mulheres no mundo, o lançamento de um livro que tenta justificar as causas de uma suposta discriminação dos homens, gerou revolta e indignação nas redes sociais.

quarta-feira 20 de dezembro de 2017 | Edição do dia

Mais uma vez a burguesia precisa criar teorias para tentar justificar o inexplicável, que mulheres são assassinadas todos os dias, apenas por serem mulheres. O livro A discriminação do gênero-homem no Brasil face à Lei Maria da Penha, de autoria do juiz criminalista Gilvan Macêdo dos Santos, iria ser lançado na última terça-feira, no Palácio da Justiça de Pernambuco, foi cancelado depois de diversas ativistas feministas terem se manifestado indignadas com as justificativas utilizadas pelo autor, para tentar diminuir o peso da violência contra as mulheres. Na capa, o autor sugere uma "proposta para a solução do cenário de inconstitucionalidades e injustiças contra o homem advindas da Lei Maria da Penha".

Segundo Patricia Galvão, do grupo de mulheres Pão e Rosas e diretora da secretaria de mulheres do Sindicato dos trabalhadores da USP: “O Brasil é um dos países com mais altas taxas de feminícidio no mundo. Todos os dias somos bombardeadas com notícias de bárbaros assassinatos de mulheres pela violência de gênero. É quase uma afronta a luta das mulheres, um livro que busca criar uma suposta discriminação de gênero, por conta de uma lei que reconhece uma violência estrutural do sistema capitalista. Sendo esse mesmo Estado capitalista o grande responsável por perpetuar a ideologia machista que leva a morte de tantas mulheres, por isso nossa luta cotidiana contra o machismo, deve ser também uma luta para acabar com esse sistema de exploração e opressão.”




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