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BELO HORIZONTE | Kalil expõe população à Covid-19, com transporte lotado e flexibilização do isolamento

Com transportes lotados, flexibilização do comércio em BH expõe trabalhadores à Covid-19.

segunda-feira 8 de junho de 2020 | Edição do dia

Na semana passada, em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) começou o processo de flexibilização do comércio na cidade, com isso os transportes públicos, que já é um enorme problema na vida dos trabalhadores, começou a superlotar com a falta de circulação regular dos ônibus, colocando em risco a vida de milhares de trabalhadores mas também a vida dos motoristas de ônibus e trocadores.

Mesmo sem a testagem massiva da população, no dia 25 de maio o prefeito Alexandre Kalil atendendo aos interesses dos empresários iniciou o processo de flexibilização do comércio que de acordo com o decreto publicado no dia 22 de maio no Diário Oficial do Município fica autorizado a “reabrir apenas os estabelecimentos comerciais com acesso direto de pedestres ao logradouro público” de acordo com as normas da vigilância sanitária

Essa primeira fase permitiu a reabertura de aproximadamente 11 mil comércios, dentre eles salões de beleza, lojas de artigos domésticos em geral, papelarias, shopping populares e dentre outros comércios, assim, cerca de 30 mil trabalhadores voltaram para seus trabalhos, sendo expostos a se contaminarem e contaminarem seus familiares.

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A reabertura do comércio em Belo Horizonte se dá no meio da alta de casos de corona vírus, em meio a enorme subnotificação em Minas Gerais onde o governador Zema junto com o prefeito Alexandre Kalil podem estar escondendo os casos através das subnotificações, sendo que Minas Gerais é o segundo estado que menos testa sua população.

Os trabalhadores que não tiveram a opção de trabalhar em casa e que utilizam o transporte público desde o início da pandemia tem sofrido com a superlotação dos ônibus, pela redução dos horários de circulação e a redução de veículos pelas empresas de transporte que visam somente seus lucros.

No mês de maio em Belo Horizonte foi registrado um aumento absurdo de passageiros no transporte público chegando a 424 mil pessoas por dia nos coletivos da capital mineira. E com a flexibilização do comércio esse movimento de pessoas nos coletivos tende a aumentar cada vez mais expondo a população ao risco do contágio, já que não é ofertado testes massivos para a população nem medidas de seguranças capazes de manter a população saudável.

Segundo denúncias dos trabalhadores que enfrentam esse transporte todos os dias para garantir o seu pão e sustento diário onde eles afirmam que nos horários de pico durante a manhã e à tarde os coletivos superlotam pela reeducação de veículos e que mesmo com as máscaras não conseguem manter o distanciamento social recomendado pelos órgãos de saúde.

Essa superlotação, de acordo com as denúncias publicadas, também é prejudicial aos motoristas que exercem dupla função e tem que receber o valor das passagens que ficam cada vez mais estressados. Vale lembrar que Belo Horizonte tem uma das passagens de ônibus mais caras do Brasil.

Também é importante destacar que as grandes empresas de transportes colocam as vidas desses trabalhadores em risco sem nenhum medida capaz de realmente proteger os motoristas e trocadores, sem oferecer recursos de EPI’s ou por exemplo, deixando os passageiros entrarem pela porta de trás dos ônibus para que não tenham contato direto com o motorista.

As aglomerações dentro dos transportes podem causar uma maior proliferação do vírus, mesmo com o uso da máscara, porque sem o distanciamento a eficácia do uso da proteção com a máscara pode não ser eficaz e expor os trabalhadores a um enorme contágio.

Estes fatos comprovam que é uma ilusão de que BH soube controlar os efeitos da pandemia e que não devemos confiar que prefeitos como Alexandre Kalil possa colocar uma resposta a essa crise sanitária que interesse a classe trabalhadora, como ele mesmo provou com a flexibilização do comércio, seus interesses e ações sempre vão estar para favorecer os empresários, que querem descarregar essa crise nas costas dos trabalhadores




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