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Crime racista | Justiça para Durval: ato em São Gonçalo reúne família, esquerda e centenas de pessoas

Aconteceu hoje ato em São Gonçalo por justiça para Durval, trabalhador negro assassinando brutalmente por seu vizinho militar ao ser "confundido" por um bandido. O ato reuniu centenas de pessoas, além da família, organizações do movimento negro e da esquerda.

sábado 12 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

O ato percorreu a Praça Zé Garoto e foi até a prefeitura São Gonçalo, cidade onde Durval morava e onde foi assassinado.

Em diversas falas, a família reafirmou que Durval era um pai trabalhador; sua esposa, bastante emocionada, disse em vários momentos que fazia parte da rotina da casa que a filhas esperasse o pai chegar do trabalho; nesse dia, ela e a menina ouviram três disparos. Ao contrário do que diz a grande mídia, os disparos foram feitos com intenção de matar, um crime racista contra um pai de família.

Leia mais: "Foi uma covardia, porque meu irmão era trabalhador", diz irmã de Durval, morto por militar em São Gonçalo

Durval Filho foi assassinado na noite de quarta-feira (02/02) pelo seu vizinho, um militar racista, na cidade de São Gonçalo. 38 anos, teve sua vida interrompida ao ser confundido com um “bandido” quando chegava em casa, dentro do próprio condomínio, e ser baleado por seu vizinho, o sargento da Marinha, Marinha Aurélio Alves Bezerra. O Sargento foi preso em flagrante e indiciado por homicídio culposo — quando não há a intenção de matar.

No Rio de Janeiro, cidade dominada e permeada de milícias cuja ligação venal com os militares e a polícia é amplamente conhecida, não é coincidência que Durval seja assassinado por um militar da marinha enquanto Moïse tenha sido espancado até a morte, em plena luz do dia, por homens investigados de ligação com as milícias no RJ. Esse assassinato não é um caso isolado, Durval é mais uma vítima do racismo estrutural; o Estado também é responsável, seja pelo incentivo direto do miliciano Clã Bolsonaro, seja pela impunidade da justiça e do genocídio à juventude negra promovido pelas polícias com aval de Castro e dos prefeitos do Rio de Janeiro.

Confira a fala de Isa Santos e Jeff Carmichael do Quilombo Vermelho diretamente do ato:




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