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AUTORITARISMO JUDICIÁRIO | Justiça nega pedido de suspensão de julgamento de Lula admitindo dificuldades para defesa

terça-feira 9 de maio de 2017 | Edição do dia

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou o pedido de defesa dos advogados do ex-presidente de suspender o processo do triplex da empreiteira OAS. Desta forma, se mantém o depoimento de Lula ao juiz Sergio Moro amanhã, dia 10, em Curitiba.

O pedido dos advogados foi feito com a justificativa de terem mais tempo para a análise dos documentos (que alegou que não teria tempo suficiente para analisar o conteúdo de uma supermídia com 5,42 gigabytes com documentos que a Petrobras anexou aos autos - estima-se que o arquivo tenha 100 mil páginas), que foi negado pelo juiz federal Nivaldo Brunoni que justificou a negação da suspensão devido à repercussão nacional do caso, que teria "mudado a rotina da Justiça de Curitiba", como por exemplo com a medida absurda de proibir a circulação e acampamentos no entorno da sede da Justiça Federal "Medidas excepcionais foram tomadas para evitar tumulto e garantir a segurança nas proximidades do fórum federal; prazos foram suspensos, o acesso ao prédio-sede da Subseção Judiciária será restrito a pessoas previamente identificadas e o trânsito nas imediações será afetado, medidas que vem mobilizando vários órgãos da capital paranaense".

Para o juiz que julgou o habeas corpus "A documentação juntada em meio digital é inédita para todas os atores processuais (defesa, acusação e juízo). Não se desconsidera que a existência de milhares de páginas para exame demanda longo tempo, mas foge do razoável a defesa pretender o sobrestamento da ação penal até a aferição da integralidade da documentação por ela própria solicitada, quando a inicial acusatória está suficientemente instruída", admitiu Nivaldo Brunoni.




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