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VIOLÊNCIA POLICIAL | Justiça garante liberdade e impunidade dos PMs assassinos da Maria Eduarda

Juan ChiriocaRIO DE JANEIRO

quarta-feira 19 de abril de 2017 | Edição do dia

Continua a tragédia da Fazenda Botafogo do dia 30 de março desse ano, onde em mais um "caso isolado" de bala perdida da arma de um policial que acabou com a vida da menina Maria Eduarda que se encontrava dentro da escola e onde a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro assassinou a sangue frio dois suspeitos já rendidos deitados no chão.

Após laudos apontando que a bala "perdida" que matou Maria Eduarda saiu da arma de um policial e existindo vídeos bastante explícitos onde estão registrados o momento em que os PMs assassinam a sangue frio os dois jovens. Sargento David Gomes Centena e o Cabo Fábio de Barros Dias, este último suspeito de ser o autor de pelo menos 1 dos disparos que acabaram com a vida de Maria Eduarda foram libertados nesta quarta-feira 19/04 pelo juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira da 3º Vara Criminal a pedido do Ministério Público que na segunda-feira 17/04 tinha denunciado os PM por homicídio doloso. Ambos PMs são do 41º batalhão, o batalhão mais violento e assassino do Rio de Janeiro. Para o Ministério Público, os policiais encontravam-se "trabalhando em situação de guerra". Desta forma os PMs envolvidos na morte de Maria Eduarda e flagrados assassinando 2 suspeitos, aguardam pelo julgamento em liberdade.

A impunidade da Policia Militar como vimos é garantida pela justiça. Inclusive o juiz afirmou que os PMs poderão continuar exercendo suas funções repressivas na PMERJ ainda que com certas restrições e afirmou também que é “necessária a presença mensal dos acusados em Juízo para controlar suas atividades e condutas durante a fase instrutória. Há, também, imperiosa necessidade, neste período, dos acusados manterem-se afastados de locais públicos, festas, bares e outras atividades sociais aonde venha ocorrer aglomeração de pessoas

Quando trata-se de violência policial, a regra é abuso de poder, injustiça e impunidade

Alem disto foi informado pelo jornal Extra que o juiz Dias Teixeira que é o juiz responsável pelo processo destes 2 PMs, assinou dois meses atrás uma decisão que favorecia o Cabo Fábio de Barros, que nesta ocasião anterior junto com outro policial do 41º BPM foram processados pelo Ministério Público pela morte de outros dois jovens do Morro do Chapadão em Costa Barros no ano de 2014. Na ocasião, os policiais atiraram nos jovens pelas costas só por estes não terem parado quando foram abordados pelos policiais enquanto eles dirigiam uma moto.

Assim como a "bala perdida" que matou Maria Eduarda não é um "caso isolado", também o acionar da justiça brasileira para garantir e perpetuar a impunidade da violência e dos assassinatos da polícia não é um caso isolado, mas uma prática sistemática que se repete uma e outra vez, com cada caso onde um PM assassina jovens pobres e negros da favela e as centenas de "balas perdidas". Claudia Ferreira, Amarildo, o menino Eduardo, DG e uma lista interminável de assassinados pela polícia.

Da mesma forma não é da mão da justiça que só favorece os ricos, de Moro e da Lava-Jato que vai se combater a corrupção nem muito menos que virão melhoras para a condição de vida dos trabalhadores, pois estes estão junto dos golpista e do governo Temer para garantir o avanço e a concretização dos ataques contra os trabalhadores e o povo pobre.




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