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CAOS NA SAÚDE | Justiça favorece OS e Sumaré-SP continuará sem atendimento médico

No dia 27 de janeiro um acordo havia colocado fim aos 3 meses de greve dos médicos pelos salários atrasados. Essa greve afetou o atendimento as duas principais unidades de atendimento de Sumaré, cidade de mais de 200 mil habitantes na Região Metropolitana de Campinas. O acordo previa o pagamento dos salários de dezembro e janeiro e o parcelamento dos salários não recebidos no ano passado.

terça-feira 7 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

Para que o acordo pudesse ser fechado e o atendimento a população normalizado, ele teve que ser feito sem o consentimento da OS que administra as unidades de atendimento. Em negociação, a OS não aceitava o parcelamento dos pagamentos e por isso a prefeitura teve que realizar um decreto de intervenção para que o acordo com o sindicato de médicos valesse e o atendimento do PS Matão e da UPA Macarenko fosse normalizado.

Ontem, dia 06 de fevereiro, o juiz Gilberto Vasconcelos Pereira Neto, da 1ª Vara Cível de Sumaré, deu parecer favorável a OS, argumentando que se trata de uma "associação privada regularmente contratada" e que "Não pode o Poder Público intervir em uma entidade privada". Claramente essa decisão desrespeita a população de Sumaré, que vinha sofrendo com o atendimento precário de saúde, e os médicos que tinham aceitado o acordo.

Essa decisão anula o acordo do dia 27 de janeiro, voltando a situação desesperadora que vive a saúde pública em Sumaré. O judiciário intervém na situação favorável ao poder econômico e contra a população, mais uma demonstração de que ele possui um lado e este não é o da defesa da saúde pública. Do alto dos inúmeros privilégios que vive um juiz no Brasil, a saúde pública é menos importante que o dinheiro para uma OS, corroborando com o projeto do governo golpista em precarizar e privatizar, agora com a possibilidade de contar com Alexandre de Moraes no mais alto cargo do Judiciário.




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