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DIREITOS HUMANOS | Justiça do Rio suspende processo contra 23 manifestantes

Desembargador suspende ação contra manifestantes processados por participarem dos atos de junho de 2013 e 2014 contra a Copa; ordem de prisão ainda vigora contra outros três jovens.

quarta-feira 20 de maio de 2015 | 00:00

Nesta segunda-feira, 18, o desembargador Siro Darlan determinou a suspensão do processo contra 23 manifestantes que participaram dos atos em junho de 2013 contra o aumento das tarifas do transporte público e no primeiro semestre de 2014 contra a Copa. Ainda assim, a repressão política continua através da ordem de prisão contra outros três manifestantes, um deles está preso e duas foragidas.

Igor Mendes da Silva está preso desde o dia 3 de dezembro do ano passado. Elisa Quadro Sanzi, conhecida como Sininho, e Karlayne Moraes Pinheiro, conhecida como Moa, seguem foragidas. Eles respondem por associação criminosa e “atos violentos” durante os processos. Em dezembro, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido de habeas corpus apresentado pelo advogado de defesa dos três.

Diversas associações de direitos humanose organizações de esquerda comemoram a suspensão, mas continuam exigindo a anulação completa dos processos e o direito imediato de que todos os acusados respondam em liberdade.

Sobre o tema, Carolina Cacau, coordenadora do SESO-UERJ, declarou ao Esquerda Diário que “é um completo absurdo a repressão política do Estado contra estes jovens. São lutadores sociais acusados e presos injustamente. Os processos foram forjados para condená-los. Negam a eles o direito de responder em liberdade enquanto os grandes empresários corruptos envolvidos no Petrolão são liberados pela justiça. Esse é mais um exemplo inaceitável de como funciona a justiça dos ricos”.

A repressão policial e a abertura de processos criminais contra manifestantes vêm sendo parte fundamental da estratégia de diversos governos para esvaziar os atos protagonizados pela juventude desde junho de 2013. Em São Paulo, o jovem trabalhador da USP, Fábio Hideki, foi preso injustamente com provas também forjadas pela policial e só liberado meses depois. Processos similares se espalham em vários estados do país.

Exigimos a retirada dos processos judiciais contra todos os manifestantes cariocas.




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