×

DESEMPREGO | Julho tem maior desemprego em 6 anos

As políticas recessivas que Dilma implementa junto com Levy estão dando resultado. Além de aumentar o desemprego, através da desaceleração da economia, o governo pretende passar o PPE e diversas negociações nos locais de trabalho para “limpar a cara” de que o PT defende os trabalhadores.

sexta-feira 21 de agosto de 2015 | 00:06

Foi anunciado nessa quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que a taxa de desemprego nas 6 maiores regiões metropolitanas do país havia crescido, uma pesquisa semestral que, para o mês de julho, registrou a maior taxa de desemprego em 6 anos. Em números isso significa que há 1,8 milhões de trabalhadores sem emprego daqueles que compõe a População Economicamente Ativa, isso corresponde a um aumento de 56% em relação ao mesmo período do ano passado.

O setor que mais diminui o número de empregados (demitiu sem contratar novos) foi o ramo industrial, com 85 mil trabalhadores a menos nas fábricas, o que representa 2,5% do total. Em segundo lugar vieram os serviços, com redução de 1% e a construção civil com redução de 0,4%. Todos os outros setores como serviços públicos e empregos domésticos registraram crescimento.

Das regiões metropolitanas que é feita a pesquisa, Salvador tem a maior taxa de desemprego, atualmente em 12,3%. Em São Paulo, que é a maior população pesquisada, há 7,9% de desemprego, o que em comparação com julho do ano passado corresponde a um aumento de 330 mil desempregados na região metropolitana. O Rio de Janeiro, que detinha a menor taxa de desemprego avançou em um ano de 3,6% para 5,7%. Belo Horizonte também teve um aumento do desemprego que hoje está em 6%.

Desde o início do ano, Dilma vem implementando uma série de “ajustes” na economia que são baseados em desacelerar a economia e tirar a renda do trabalhador. Os incentivos governamentais sempre foram um motor artificial para o crescimento dos lucros dos grandes empresários durante a era Lula, e Dilma tentou mantê-los através da redução do IPI (Imposto sobre os produtos industrializados) e do incentivo ao crédito (dentro das principais), mas quando o orçamento do governo começa a ficar no limiar para pagar as dívidas aos banqueiros até mesmo esse incentivo aos capitalistas foi “ajustado”. Porém, esta semana, o governo anunciou um novo pacote bilionários aos empresários da indústria automobilística, enquanto foram cortados outros bilhões em gastos sociais com saúde e educação.

Dilma que disse que não cortaria direitos “nem que a vaca tussa” e hoje faz os trabalhadores pagarem pela crise tirando-lhes os empregos ou, através de sua base de apoio nos sindicatos busca passar o PPE (Um “Plano de Proteção ao Empresário”) nas principais fábricas e serviços.

O PPE não constitui uma defesa dos empregos, como explicamos aqui (http://www.esquerdadiario.com.br/E-preciso-construir-uma-campanha-nacional-contra-o-PPE) , é na realidade uma maquiagem para as demissões planejadas no pacote de ajustes e coloca a necessidade de denunciarmos as centrais sindicais que ou apoiaram diretamente a eleição de Dilma (como CUT e CTB) ou defendem o ajuste (Força Sindical), porque a defesa dessas políticas significa o aumento do desemprego. O PPE não pode defender os empregos, muito menos fazer com que sejam os patrões que paguem pela crise que eles mesmo geraram.

É preciso construir uma terceira via dos trabalhadores, independente dos patrões e dos governos, para uma luta pelo direito ao emprego, pela redução da jornada de trabalho sem redução dos salários e nenhuma demissão. Que o custo da crise saia dos lucros dos empresários em não do bolso dos trabalhadores.
lhadores.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias