Em entrevista, Luiz Carlos Valois, que atua na Vara de Execuções Penais no Tribunal de Justiça do Amazonas denuncia juízes perseguidos por emitir alvarás de soltura.
quarta-feira 29 de agosto de 2018 | Edição do dia
Imagem: GGN
O judiciário que foi protagonista do golpe institucional e agora protagoniza a operação lava-jato, que veio para escolher o novo presidente a dedo, também vem protagonizando outros absurdos.
Em recente entrevista, o juiz Luiz Carlos Valois denunciou dois casos. O primeiro é do o juiz Luiz Corcioli Filho, que foi denunciado por 23 promotores devido ao fato que considerou ilegal uma prisão por tráfico de drogas e acabou recebendo uma censura administrativa. O outro foi da juíza Kenarik Boujikian, censurada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por conceder liberdade a 11 pessoas que estavam em prisão preventiva além do tempo determinado. O primeiro caso foi esse mês e o segundo no ano passado.
Esse mesmo judiciário que atualmente manipula as eleições também é protagonista no encarceramento em massa, que faz com que o Brasil seja atualmente a terceira maior população carcerária do mundo. Essa mesma casta que vota o aumento de seus próprios salários também é implacável contra os negros e pobres.
Atualmente o tráfico de drogas é uma das principais causas do encarceramento. No caso feminino, é responsável por mais de 50% das prisões. A lei atual amplifica isso pois delega aos delegados e juízes decidir a diferença entre traficante e usuário baseado em critérios arbitrários. Deste modo, muitas das condenações atuais estão baseadas na palavra e na suposição da nossa polícia assassina e da justiça racista.
É urgente a mobilização pela legalização das drogas e elegibilidade e revogabilidade de todos os juízes, e que os mesmos ganhem igual a uma professora!