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LAVA-JATO | Judiciário autoritário concede prisão domiciliar à Palocci em troca de delação premiada

quinta-feira 29 de novembro de 2018 | Edição do dia

O Tribunal Federal da 4ª Região (TRF - 4) julgou nesta quarta feira (28) recursos de quatro réus em processos ligados à operação Lava Jato. A 8.ª Turma Penal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) julgou nesta quarta-feira, 28, o recurso de Palocci e por maioria os desembargadores reduziram a pena do ex-ministro.

O ex-ministro dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff pode deixar a Custódia da Polícia Federal, em Curitiba, nesta quinta-feira, 29.

Palocci está preso desde setembro de 2016, alvo da Operação Omertà, desdobramento da Lava Jato. O juiz Moro o condenou em uma primeira ação a 12 anos e dois meses de reclusão. O TRF-4 julgou apelo do ex-ministro contra sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A defesa pediu que fossem concedidos a ele os benefícios de sua delação premiada, já homologada pelo desembargador Gebran.

Segundo testemunho de executivos da Odebrecht, Antônio Palocci seria o “italiano” referido nas planilhas da empresa. Ele é julgado por receber dinheiro da empresa para beneficia-la em contratos com a Petrobrás. Sua delações foram arma essencial na perseguição da Lava Jato à cúpula do PT, e foi inclusive parte de suas alegações (então já descartadas pelo MP) que Sérgio Moro vazou em meio ao processo eleitoral deste ano para influenciar a opinião pública, de modo a maleficiar a candidatura de Fernando Haddad, em uma mostra escancarada da manipulação que o judiciário fez de todo o pleito, tendo em vista escolher a dedo o presidente da república para aplicar ataques ainda mais duros aos trabalhadores, em um governo ainda mais submisso ao imperialismo, em uma continuação do golpe de Temer.

Os vazamentos seletivos, as prisões circunstanciais e o benefício de delatores corruptos que dizem o que Moro quero ouvir são só algumas das técnicas utilizadas pelo autoritarismo judiciário mostrando claramente como sua intenção não é de combater a corrupção mas sim de intervir autoritariamente na política em favor do imperialismo, para reescrever de modo mais autoritário o regime de 88, legando a juízes eleitos por ninguém, com o apoio da mídia e junto a partidos burgueses, o poder político de instalar uma agenda e entreguista e anti popular, para fazer com que sejam os trabalhadores que paguem pela crise capitalista.




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