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ELEIÇÕES DOS EUA | Joe Biden toma posse em uma Washington sem manifestações e totalmente militarizada

O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, toma posse nessa quarta, 20, numa Washington militarizada e sem manifestações favoráveis ao democrata, como é de costume. Trump discursa: "novo movimento está apenas começando".

quarta-feira 20 de janeiro de 2021 | Edição do dia

Foto: Reuters/Kevin Lamarque

Com 35% da população norte-americana crente na teoria de que as eleições de 2020 foram fraudadas, o democrata Joe Biden toma posse nessa quarta, 20, e assume a Casa Branca.

Donald Trump, em seu último discurso como presidente, promete que o movimento trumpista vai causar problemas ao presidente, sendo que dentre os eleitores republicanos, a proporção dos que não consideram que Biden foi o que recebeu mais votos sobe para 65%.

Frequentemente apelando para um discurso de unidade e de "recivilização" dos EUA, Biden assume em meio a uma crise interna e externa do coração do capitalismo mundial, e em um discurso ontem, 19, não conteve as lágrimas.

Apesar de ser o principal imperialismo do mundo, a população norte-americana tem sido uma das que mais sofre com a pandemia, sobretudo tratando-se dos negros, imigrantes, trabalhadores precários e população pobre.

Sendo a pessoa mais velha a assumir a presidência no país, aos 78 anos Biden, possivelmente, é também o que assume com mais dificuldade de governar. Apesar da maioria democrata na Câmara e o empate no Senado (onde o desempate fica a cargo de sua vice, Kamala Harris), o ex-braço-direito de Obama assume em clima de tensão, com uma oposição organizada como se pôde ver com a tomada do Capitólio no último dia 6 de janeiro.

Recomendado: A invasão do Capitólio e a decadência do Império Bipartidário dos Estados Unidos

Por outro lado, o presidente se enfrentará com seus eleitores, em grande parte impactados ou atuantes das manifestações do Black Lives Matter no ano passado, que marcaram historicamente os impactos na consciência de setores mais de massas, antecedidos por uma juventude "pró-socialista", fruto da crise do império norte-americano. A falta de manifestações em apoio a Biden já pode ser uma mostra de desgaste com essa base votante, que tende cada vez mais a chocar suas aspirações com a realidade de um governo capitalista, imperialista, gerindo uma crise econômica, social, sanitária e política contra os trabalhadores e a maioria da população.

Veja no La Izquierda Diario: A tarefa de Joe Biden: restaurar a legitimidade institucional




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