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CRISE NO JUDICIARIO | Janot defende a Lava Jato e PGR e rebate criticas de Gilmar Mendes

Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, fez duro discurso defendendo a Operação Lava Jato, da Procuradoria Geral da República (PGR), afirmando que o Ministério Público Federal não faz coletivas de imprensa em off e rebatendo as criticas feitas pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que acusou a PGR de praticar crimes de vazamento de conteúdo sigilosos de investigação.

quarta-feira 22 de março de 2017 | Edição do dia

Ainda que não tenha mencionado o ministro do STF em seu discurso, Janot fez criticas á atuação política de Gilmar Mendes Janot disse que é "mentira" a acusação de que a PGR faz "coletivas de imprensa em off", divulgadas pela ombudsman da Folha de São Paulo, Paula Cesarino Costa em texto publicado domingo. Em reunião junto com os procuradores de Brasília, Janot disse "(...) essa matéria jornalística sequer ouviu o outro lado. Nós não fomos chamados a nos pronunciar sobre esta mentira’".

Em resposta, a autora da nota diz: ’’Em razão da função que exerço, tenho compromisso com a independência e a transparência do processo jornalístico, tendo sido essa minha única e exclusiva motivação’’.

Janot afirmou ao Estadão que a matéria “imputa essa prática como sendo uma prática corriqueira dos maiores Poderes da República. (...) apesar da imputação expressa de até ao Supremo Tribunal Federal, não vi uma só palavra de quem teve uma disenteria verbal a se pronunciar sobre essa imputação ao Congresso, ao Palácio do Planalto”. "Só posso atribuir tal ideia a mentes ociosas e dadas a devaneios, mas, infelizmente, com meios para distorcer fatos e desvirtuar instrumentos legítimos de comunicação institucional” completou.

Esta não foi a primeira vez que Janot respondeu criticas a declarações de Gilmar destinadas ao Ministério Público Federal. Desta vez Janot preparou um discurso, mas, no momento mais incisivo ele disse “Procuramos nos distanciar dos banquetes palacianos. Fugimos dos círculos de comensais que cortejam desavergonhosamente o poder político. E repudiamos a relação promíscua com a imprensa. Ainda assim, meus amigos, em projeção mental, alguns tentam nivelar a todos á sua decrepitude moral, e para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias, socorrendo-se não raras vezes de aparente intangibilidade proporcionada pela posição que ocupam no Estado’’.

Depois terminou dizendo “sempre houve, na história da humanidade, homens dispostos a sacrificar seus compromissos éticos no altar da vaidade desmedida e da ambição sem freios’’. ’’Esses não hesitam em violar o dever da imparcialidade ou em macular o decoro do cargo que exercem, na sofreguidão por reconhecimento e afago dos poderosos de plantão, perdem o referencial de decência e de retidão”.




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