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TRABALHO PRECÁRIO | Itália: Entregadores de aplicativo organizam protesto contra a precarização do trabalho

Lutando contra as precárias condições de trabalho, entregadores de aplicativo fazem hoje (20) enorme protesto na Itália. No Brasil, esse setor da classe trabalhadora também está se mobilizando, incorporando-se às manifestações antifascistas e antirracistas e chamando uma greve nacional para o dia 1º de julho.

sábado 20 de junho de 2020 | Edição do dia

Hoje (20/06), na Itália, houve mais um grande protesto de entregadores de aplicativos – essa categoria que vem se mostrando fortemente combativa diante das precárias condições de trabalho em meio a COVID no mundo todo. A Itália foi um dos países mais afetados pela pandemia, sobretudo nos primeiros meses de sua deflagração, sendo um dos primeiros países a tomar medidas mais drásticas de fechamento da economia e de quarentena – algo que só se deu após repetidos descasos do Estado capitalista italiano. 30 mil pessoas morreram na Itália até agora, fora a subnotificação e sem testes massivos.

O país de maioria idosa sofreu significativamente com a pandemia – e mesmo assim, os trabalhadores de aplicativos continuaram nas ruas, tendo suas vidas expostas para salvar o lucro de um punhado de burgueses. Contudo, a classe trabalhadora italiana não teme a luta, como foi possível ver na greve geral de alguns meses atrás também na Itália. Hoje, os entregadores de app mais uma vez mostraram sua indignação frente ao indiscriminado lucro do patrão e suas condições desumanas de trabalho – a qual emprega, sobretudo, imigrantes negros.

Na atual fase do capitalismo imperialista, apenas a organização sistemática, em cada local de trabalho, desde a base e no mundo todo da classe operária é que pode botar abaixo o capital, por fim ao racismo e erguer nos escombros da história uma sociedade na qual esses próprios entregadores do iFood, Rappi, Glovo e tantos outros decidam os rumos de sua própria vida. É nesse sentido que, desde a força dos entregadores que pulsa na Itália; na rede de precarizados na Argentina – La Red – impulsionada pelo PTS; com a fúria negra que declarou greve em todos os portos da costa oeste dos EUA e que ecoa no mundo todo – é na força da classe operária que ferve no sangue negro brasileiro que o Esquerda Diário amplifica e se soma a esse forte e imprescindível chamado à paralisação nacional do dia 1º de julho de todas e todos os entregadores de aplicativos.

Que as direções das centrais sindicais, da CUT e CTB, rompam seu isolamento e se solidarizarem a essa paralisação. A exploração do trabalho precário na Itália apenas confirma: as mazelas e exploração do capitalismo não tem fronteiras e é exatamente por isso que é preciso uma estratégia para destruí-lo pela organização da classe trabalhadora em todo o mundo.




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