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GEOPOLÍTICA | Israel também abandona Unesco após Estados Unidos

O primeiro ministro de Israel, Benjamín Netanyahu, decidiu hoje que seu país abandonará a Unesco, depois de Donald Trump anunciar a retirada dos EUA por considerar como “anti Israel” esse departamento da UNU.

sexta-feira 13 de outubro de 2017 | Edição do dia

Netanyahu saudou a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, como um ato “valente e moral, porque a Unesco se converteu no teatro do absurdo e porque , no lugar de preservar a história, a distorce”, segundo comunicado de Israel.

A Unesco é a dependência cultural e educativa das Nações Unidas, dedicada a preservar o patrimônio histórico e a diversidade cultural no mundo. Em 2011 ocorreu uma forte crise com a a “dupla reacionária” dos EUA e de Israel quando a instituição internacional decidiu incluir a Palestina como membro de pleno direito (um ano depois a ONU a integrou como estado observador). Desde então os EUA deixou de aportar economicamente ao organismo e se ainda reivindica uma divida de em torno de 500 milhões de dólares.

No mês passado a Cidade Vilha palestina de Hebrón (Cisjordânia) foi tombada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Nessa cidade vivem por volta de 35 mil palestinos, mais 800 colonos israelenses em áreas ocupadas da cidade, protegidos pelo exercito Sionista.

A saída real de ambas potencias será em aproximadamente um ano e meio, segundo estabelece o estatuto do organismo, aproximadamente até dezembro de 2018. Tampouco é a primeira vez que os EUA se retira da Unesco, isso já ocorreu durante a presidência de Ronald Reagan. Entretanto, a retirada evidentemente acordada com os EUA e o Estado de Israel constituem uma forte mensagem política para reafirmar a aliança estratégica frente o mundo e ratificar a política racista e colonialista que leva adiante Israel contra o povo palestino.

Assim se mostrou o ultra direitista, ministro da defesa de Israel, Avigdor Libearman, que também aclamou a decisão dos EUA ao considerá-la “um paço importante empreendido por nosso maior aliado contra uma organização politicamente antissemita que tem feito das mentiras uma pratica comum e assim tem perdido seu rumo”.

Desde o departamento dos EUA, seu porta-voz, Heather Nauert, assinalou que a decisão de Washington “não se tomou rapidamente, ela reflete as preocupações dos EUA, como a necessidade de uma reforma fundamental na organização e na continua tendência anti Israel”.

Ambas potencias imperialistas “jogam no tabuleiro” para deixar claro que não permitirão nenhuma política que expresse, sequer veladamente, uma reivindicação ou reconhecimento das históricas demandas palestinas ou da resistência de seu povo. No caso da administração Trump, a medida também é parte da sua declarada estratégia de “reformar” a ONU para transformá-la em um organismo ainda mais subordinado as políticas imperialistas e pró guerra que leva adiante.

A diretora da Unesco, Irina Bokova, expressou um comunicado com seu “profundo lamento” pela decisão dos EUA e no mesmo sentido manifestaram-se outros países como Equador e Chile. Contudo isso não implica uma critica ao governo Trump e de Netanyahu. Chile, por exemplo, agregou que a decisão de se retirar é “soberana”.




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