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ORIENTE MÉDIO | Israel impede a entrada de primeiras vacinas para palestinos na Faixa de Gaza

Israel vetou nesta segunda-feira a entrada de 2.000 vacinas contra a Covid-19 na área embargada da Faixa de Gaza.

terça-feira 16 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

foto: Agência Nir Keidar/ Anadolu

As autoridades de ocupação israelenses impediram hoje o acesso de 2 mil vacinas Sputnik V contra o coronavírus para os mais de 2 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza - sob ataques israelenses e o bloqueio econômico iniciado em 2007. As vacinas chegaríam ontem, e o embarque foi adiado para hoje, com um primeiro lote da vacina russa Sputnik a ser administrado a alguns trabalhadores da área da saúde.

Mas o acesso ao território está a mercê da aprovação do governo israelense. A Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, território de 365 km², cercada por ar, terra e mar por Israel (por essa razão é chamada a maior prisão a céu aberto), está bloqueada há anos pelo exército do Estado sionista. As consequências derivadas desse bloqueio são, por exemplo, a falta de medicamentos, altos índices de pobreza e um sistema de saúde devastado, ao qual devemos acrescentar que na Faixa de Gaza 80% da água está contaminada.

Veja também: A política criminal de Israel e o coronavírus podem desencadear uma crise humanitária em Gaza

A Cisjordânia, de onde partiram as vacinas barradas, possui uma população de 3 milhões de palestinos e recebeu apenas 2 mil doses de Israel e as doadas pela Rússia, começou a inocular trabalhadores da saúde com o objetivo de iniciar uma campanha entre a população durante a segunda quinzena de fevereiro. Mas a imunização será adiada para uma data posterior ainda a ser determinada, após um novo atraso na chegada das vacinas. 37 mil doses gratuitas da Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), estão sendo aguardadas nas próximas duas semanas. Um carregamento da AstraZeneca de 2 milhões de frascos também.

Como escreveu Simone Ishibashi aqui no Esquerda Diário:

Diante da crise sanitária colocada pela Covid-19 uma nova faceta da decadente burguesia sionista vem à tona, demonstrando sua real natureza racista e colonialista.

É necessário a eliminação completa do bloqueio de Israel contra os palestinos em Gaza. Essa demanda deve ser defendida pela classe trabalhadora israelense e pela classe trabalhadora internacional. O Estado Sionista de Israel, a ONU/OMS e as potências imperialistas que apoiam e garantem a opressão e exploração brutal contra os palestinos devem garantir os imunizantes, os testes e o acesso a suprimentos médicos, camas e respiradores. Do contrário, serão também responsáveis pela continuação da catástrofe sanitária na Faixa de Gaza.

Reveja: Israel Bombardeia Faixa de Gaza em plena noite de natal




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