Nas primeiras assembleias partidárias de republicanos e democratas, apresentam-se candidatos. Crescem as expectativas. Quem será o novo presidente da principal potência mundial?
quarta-feira 3 de fevereiro de 2016 | 00:30
O estado de Iowa, com 3,1 milhões de habitantes, foi o primeiro cenário da longa corrida até os comícios presidenciais de novembro. Ainda que não defina o candidato, estabelece, de fato, quais candidatos abandonarão a disputa.
Com 99% dos votos apurados, o republicano Ted Cruz, senador pelo Texas, ganhou esta primeira convenção com 28% dos votos, frente aos 24% obtidos pelo xenófobo Donald Trump, o magnata escandaloso que montou sua campanha agitando ameaças e insultos contra os imigrantes. Por sua vez, Marco Rubio ficou em terceiro lugar, com 23% dos votos.
Enquanto isso, no lado dos democratas, com 99% dos votos apurados, Hillary Clinton obteve 49,9% e Bernie Sanders 49,6%. Apesar de a equipe de Clinton ter anunciado sua vitória, existe um empate virtual. As águas estão divididas entre os democratas.
Como os candidatos são eleitos?
Há duas formas. Uma, através de assembleias partidárias, chamadas "convenções", é um debate que se realiza com os habitantes de uma localidade. Os candidatos devem argumentar e convencer. Assim foi a eleição em Iowa.
A outra forma são as "primárias": as pessoas vão a um centro de votação e elegem através de uma cédula. Esta é a forma que se aplicará em New Hampshire, onde republicanos e democratas elegerão seus candidatos no próximo 9 de fevereiro.
Quem é Ted Cruz e o que propõe?
No momento, este senador do Texas, advogado formado em Harvard, parece ser o favorito dos eleitores republicanos. Cruz é filho de um exilado cubano e uma norte-americana. Nasceu no Canadá, motivo pelo qual Trump questiona a legitimidade de sua candidatura à presidência.
Sobre Cruz, a mídia informa que é pouco querido em seu partido. Entretanto, conta com o apoio de poderosos líderes evangélicos, de grande influência nas convenções.
Seu programa de governo: contra o direito ao aborto e ao casamento igualitário, apoia o direito às armas, revogará a reforma da saúde de Obama, enfrentará os dirigentes dos partidos republicano e democrata, não permitirá a reforma migratória e terminará o acordo nuclear com o Irã. Ou seja, muito similar a Trump, mas sem os insultos.
Seguiremos acompanhando.
Com informações do El País, CNN e agências
