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Meio Ambiente | Incêndio na Chapada dos Veadeiros: fogo destrói área equivalente à 24 mil campos de futebol

Incêndio devastador ocorre enquanto políticos negociam a Chapada dos Veadeiros com os empresários. Na véspera da Greve Geral pelo clima no dia 24/09, precisamos unir forças da juventude, indígenas e trabalhadores contra a ganância capitalista que acaba com nossos recursos naturais e destrói o planeta.

quinta-feira 23 de setembro de 2021 | Edição do dia

Nos últimos anos vem crescendo as queimadas em áreas de vegetação e preservação ambiental na região do cerrado, centro-oeste brasileiro. Por volta do dia 12 de setembro uma nova corrente de fogo surgiu e hoje, mais de uma semana depois, já ocupa mais de 24 mil hectares o equivalente a 24 mil campos de futebol.

A causa dessa onda de incêndios é a conversão do solo, desmatamento e monocultura. No centro da disputa por terra, problema que inaugura o projeto de país exportador que é o Brasil, latifundiários e grandes produtores de soja avançam contra fauna, flora, agricultura familiar, comunidades indígenas e quilombolas. Situações parecidas também são comuns, além do cerrado, nos biomas Pantanal e Amazônia.

Uma carta assinada por ambientalistas após os incêndios de 2020 explicava que “É um ciclo histórico de fogo, desmatamento, grilagem e anistia, baseado na certeza da impunidade, e aprofundado por um governo que desmonta os órgãos de fiscalização e monitoramento e arma as classes proprietárias rurais para avançar com a pistolagem e conflitos no campo”.

E os incêndios são tão grandes que a possibilidade de serem criminosos são muito reais tendo sido praticadas justamente pelos mesmos latifundiários e o agronegócio que agora quer a aprovação do Marco Temporal para destruir as terras indígenas em nome de seus lucros.

Leia mais: O capitalismo e seus governos destroem o planeta: destruamos o capitalismo!

Não é surpresa que esteja acontecendo agora em 2021 e novamente no ano que vem. A solução é unir forças com os únicos interessados na preservação ambiental na administração planejada dos recursos por trabalhadores diretos. Comunidades indígenas e quilombolas, pequenos produtores, a juventude com movimentos estudantis, professores e ecologistas podem se colocar na direção contrária dos interesses capitalistas e fazer com que manifestações de apoio da preservação ganhem força.

Neste dia 24 de setembro, às 16h em frente ao Museu Nacional em Brasília e também em outros estados, ocorrerá a greve geral pelo clima. É urgente que se coloque a situação da Chapada dos Veadeiros na pauta das manifestações programadas no Distrito Federal e Goiás com apoio de frequentadores de parques naturais da região. O Esquerda Diário estará presente e chama a presença de toda a juventude e trabalhadores contra esses ataques.

Um grande exemplo de mobilização foi o acampamento dos povos indígenas em Brasília contra o Marco Temporal e que também contou com cortes de rodovias por todo o país. É necessário que centrais sindicais e organizações estudantis somem forças, fazendo chamados em cada local de trabalho e estudos, em aliança com os povos tradicionais, lutando por um programa que supere a agenda neoliberal que está em curso no Brasil desde o golpe de 2016 e que elegeu Bolsonaro para executá-la.

Através da mobilização é que poderemos reverter o curso destes ataques e da destruição que vivem nossos biomas, com a unidade nas ruas e um plano de luta unificado podemos impor uma Assembleia Constituinte Livre e soberana que discuta profundamente os grandes problemas do país, que envolva a proteção ambiental e o planejamento de recursos unindo os interesses em defesa da vida e do meio ambiente e que através da experiência ajude a convencer os trabalhadores que a única saída é enfrentar e derrubar esse sistema que destrói nosso meio ambiente e nos mata cotidianamente. Se o capitalismo destrói o planeta destruamos o capitalismo!

Veja também: Devastação do cerrado e seca da caixa d’agua no Brasil: quem paga são trabalhadores




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