×

LAVA JATO | Impunidade de Jacob Barata é um tapa na cara do povo dado pelo Judiciário golpista

terça-feira 28 de agosto de 2018 | Edição do dia

À Justiça Federal, Jacob Barata Filho admitiu o pagamento de mesada aos políticos cariocas e fluminenses por parte da Fetranspor, o cartel dos ônibus que existe no Rio de Janeiro. Segundo ele, a mesada existe há pelo menos 20 anos e dentre os pagos, citou Picciani e Paulo Melo. (Veja aqui).

Que os políticos do Rio estão na folha de pagamento dos principais capitalistas do país para aprovar medidas contra o povo, como é o caso da cara passagem dos transportes do Rio, não é nenhum novidade. O escracho com a população está no fato de que este mesmo judiciário que prendeu Lula sem provas suficientes com o objetivo de manipular as eleições deste ano, é o judiciário que concedeu três Habeas Corpus para Jacob Barata Filho, que tem como padrinho de casamento ninguém menos que Gilmar Mendes.

Também leia: Pezão age para aumentar lucros de Jacob Barata e cia, trabalhadores pagarão a conta

Jacob Barata teria "devolvido" cerca de R$ 80 milhões de reais por "livre espontânea vontade" ao Juiz Federal Marcelo Bretas, que comanda a Lava Jato do Rio. Mas no mesmo depoimento, Barata afirma que para os políticos chegou-se a pagar uma mensalidade de R$ 6 milhões de reais em troca da aprovação de medidas favorecendo os empresários do transporte. Aliás, com uma tarifa de caríssimos R$ 3,95, 80 milhões poderia ser levantado em menos 1 mês de funcionamento das empresas, se em agosto de 2012 era essa a quantidade de passageiros que usava o transporte por mês.

O depoimento de Barata não veio do nada, mas sim depois de uma delação de Funaro que o acusava de pagar propina a Picciani e Cunha. A Lava Jato, por sua vez, leva estas audiências quase em segredo. Na parecido com os áudios vazados das conversas de Lula e Dilma, afinal de contas, a justiça tem lado e com os capitalistas, é o lado da negociação, da delação premiada, que, como o próprio nome diz, premia os capitalistas com a manutenção de suas riquezas e liberdade para seguir corrompendo outros agentes políticos.

"Prisão", "punição" etc, só para negros e pobres que sofrem com tuberculose e doenças do sistema carcerário hiper-lotado do Rio de Janeiro. E sem provas lógico, para condená-los basta que não sejam parte da mesma classe do judiciário. Este é o sistema punitivista do estado burguês que prega o exército nas ruas, a intervenção federal no Rio de Janeiro, a lógica de entupir os presídios aonde 40% dos presos sequer teve direito a um julgamento, ou seja, cumprem pena sem serem condenados (veja aqui). No Rio de Janeiro é emblemático, por exemplo, o caso do Rafael Braga ou dos 23 condenados por participarem das manifestações de Junho, para citar só alguns exemplos.

Este judiciário golpista que está manipulando estas eleições escolhendo em quem o povo pode votar, é o mesmo que libera todos os capitalistas que são premiados pelos seus crimes. Por outro lado, são ferozes defensores dos assassinatos cometidos pelos policiais nas favelas, assim como do encarceramento em massa de negros e pobres. O Partido dos Trabalhadores, apesar de hoje ser vítima deste judiciário, também reforçou este sistema elitista e punitivista em nome da governabilidade ao lado dos mesmos "Jacobs Baratas", Odebrecht’s e Joesley’s, por isso somos contra a condenação arbitrária de Lula mas não apoiamos o voto no PT.

Leia mais: Controle operário dos transportes é a única maneira de parar a corrupção de Jacob Barata

Barata é dono de um banco (Banco Guanabara), de empresas de ônibus no país inteiro e além disso, também tem o judiciário no Bolso. Este mesmo judiciário que quer decidir em quem o povo pode votar, jamais dará punição aos capitalistas corruptos que são os principais agentes da podridão do sistema político brasileiro. Somente com julgamentos por juris populares é possível avançar para a expropriação das riquezas de Barata, transformando seus ônibus em empresas do estado, controladas pelos trabalhadores rodoviários super explorados pelas empresários do ônibus.

A única maneira de acabar com esta impunidade dos capitalistas é julgando os casos de corrupção através de juris populares, e fazendo com que o judiciário golpista seja eleito pelo voto direto da população e receba o salário de um trabalhador comum. Barata deve pagar pelos seus crimes com a expropriação de todos seus bens, que devem ser entregues aos trabalhadores!

Leia mais: A Lava Jato pode acabar com a corrupção do Rio? Um debate com o PSOL

PSOL RJ defende investir em “inteligência” policial, a mesma que condena 23 ativistas de junho




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias