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Igrejas e entidades religiosas devem quase R$ 1 bilhão em impostos e querem renegociar

Todas igrejas e entidades religiosas do país devem juntas R$ 920 milhões em impostos e tributos à União. Recentemente os deputados da bancada evangélica foram derrotados ao tentarem incluir as entidades religiosas no novo Refis do governo Temer, um programa para salvar e beneficiar empresários que devem ao Estado.

segunda-feira 30 de outubro de 2017 | Edição do dia

Foto: Anderson Chaurais/Abril Comunicações

O valor de R$ 920 milhões é devido à Receita Federal e à PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional). Esse valor foi calculado pelo UOL a partir de um levantamento feito com dados repassados pelos dois órgãos.

As igrejas e entidades religiosas já não pagam muitos impostos no Brasil, e não à toa enriquecem tanto, com patrimônios imensos, centenas de rádios e canais de televisão. As entidades religiosas são isentas do IPTU de locais de culto e do IPVA. Entretanto, devem pagar o PIS, Cofins e o INSS de seus funcionários, de onde provêm estas dívidas.

A Câmara dos Deputados havia aprovado a inclusão das igrejas no Refis proposto pelo governo, por proposta do deputado Alberto Fraga (DEM-DF), mas a medida foi derrubada no Senado antes da sanção ser feita por Temer na última quarta-feira (25).

A bancada evangélica, que vem ajudando Temer a se safar de denúncias de corrupção e na aprovação de reformas que atacam direitos sociais e trabalhistas, também atua na proteção dos privilégios e do poder das instituições religiosas no país.

A Receita Federal não divulga as entidades religiosas que mais devem por “sigilo fiscal”, mas segundo dados da PGFN, que cobra uma parte menor da dívidas, as maiores devedoras são a Sociedade Vicente Pallotti (R$ 55,4 milhões), a Igreja Internacional da Graça de Deus, comandada pelo pastor R.R Soares (R$ 14,3 milhões), e a Igreja Assembleia de Deus de Belo Horizonte (R$ 5,7 milhões).

Em meio a uma situação de bancarrota do Estado, que vem sendo a justificativa de privatizações, reformas e medidas contra os trabalhadores e a maioria da população, fica explícito como não só os empresários, mas também outras instituições ricas e poderosas como as igrejas, têm muitos privilégios no Brasil.

Com informações do UOL.




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