×

CONTAGEM REGRESSIVA 8 DE MARÇO - FALTAM 14 DIAS | Idade diferenciada para homens e mulheres se aposentarem é “démodé” para os políticos golpistas

14 dias do 8 de março, Arhtur Maia (PPS-BA) – relator da Reforma da Previdência - declarou que a regra que institui a diferença de idade para a aposentaria de homens e mulheres está fora de moda. Para o relator, não é necessário que as mulheres se aposentem primeiro, já que, segundo ele, “há muita mulher que não tem dependente, por exemplo, e não tem jornada dupla. Essa regra é démodé”.

Maíra MachadoProfessora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT

terça-feira 21 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

Assim, pronunciam-se os golpistas que querem atacar ainda mais os direitos de todos os trabalhadores e, principalmente, as conquistas das mulheres. Para Arthur Maia e todos os políticos preocupados em “salvar o país”, mantendo os enormes lucros capitalistas, é necessário aumentar a idade mínima para a aposentadoria, elevando para 49 anos o tempo mínimo de trabalho e, nesse caminho, submeter as mulheres a uma maior exploração do trabalho e precarização da vida.

Além disso, o defensor da Reforma da Previdência, afirmou que a proposta servirá para “acabar de maneira peremptória com todos os privilégios”. Ele apenasse esqueceu de citar que os únicos privilegiados deste país são os políticos da ordem que enriquecem com dinheiro público, desvios de verbas e ataques às nossas condições de vida. Haja vista que, juntos, os deputados custam R$1 bilhão por ano para os cofres públicos.Cada deputado federal recebe um gordo salário de mais de R$30 mil, além de “auxílio” moradia, transporte, telefone, restaurante, avião.

Aposentam-se com poucos anos de “trabalho” e podem gozar a vida com o dinheiro que acumularam com a política capitalista e seus acordos com mega empresários.
Em seu discurso na sede da Força Sindical, Arthur Maia não se envergonhou em dizer que a expectativa de vida dos brasileiros é de 76 anos, por isso é viável que nos aposentemos com 65 anos de vida (!!!). Sabemos que a reforma nos levará a trabalhar até morrer e sem poder contar com a garantia de saúde pública para nossa velhice, já que entres os cortes estão ataques enormes à saúde pública e projetos privatizantes para os serviços garantidos até então por lei.

Sabemos também que as mulheres serão extremamente atacadas com a Reforma da Previdência, já que a dupla ou tripla jornada, ao contrário do que diz o deputado, é uma realidade da esmagadora maioria das mulheres, que garantem cotidianamente a manutenção da vida do conjunto dos trabalhadores, já que cuidam da casa, da alimentação e educação dos filhos, além de cuidar de todas as necessidades de seus maridos e suas famílias.

Também são as mulheres que estão submetidas às piores condições de trabalho, já que estamos nos postos mais precários, somos maioria nos trabalhos terceirizados e ainda nos enfrentamos todos os dias com a violência machista que violenta nossos corpos e corações. Por isso, no dia das mulheres, precisamos levar com a gente os companheiros homens que entendam a gravidade da situação e se solidarizem com nossas bandeiras.

Os ataques ao conjunto dos trabalhadores castigam muito as mulheres, por isso precisamos lutar com as bandeiras unificadas, para dar um xeque mate neste governo, que é contra as mulheres e que precisa conseguir explorar ainda mais a nossa vida para seguir garantindo seus próprios privilégios e o lucros dos empresários.

Paulinho da Força respondeu ao pronunciamento do deputado fazendo ameaças de que podem parar tudo por nenhum direito a menos, no entanto, ele segue como sempre esteve: fechando acordos com empresários e atuando ao lado dos patrões. Para combater verdadeiramente este governo não adianta fazer ameaças, é preciso mover o conjunto dos trabalhadores para a luta. Por isso, exigimos que a CUT e as grandes centrais sindicais rompam com a trégua que estão dando aos governos, pois esta é uma ação fundamental para a nossa luta e também servirá para desmascarar os sindicatos patronais, como a própria Força Sindical, que disciplina sua base para seguir ganhando com seus postos sindicais.

No 8 de março, paralisemos todas e todos contra os ataques aos nossos direitos e pelas demandas das mulheres. Nossa força social pode inverter a correlação de forças e permitir uma derrota a este governo de ajustes.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias