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Ícone adorado por Bolsonaro, Trump retém 600 respiradores destinados ao Brasil

Cerca de 600 respiradores artificiais são retidos nos EUA e não serão enviados ao Brasil. Segundo a Casa Civil do governo da Bahia a operação de compra dos respiradores foi cancelada de forma unilateral pelo vendedor sem maiores explicações. Tal acontecimento clarifica a nós trabalhadores, primeiro, que a escassez de equipamentos básicos e a competição por eles é uma faceta mortal do capitalismo, que coloca acima de tudo a lei dos lucros e da competição no mercado.

sábado 4 de abril de 2020 | Edição do dia

No valor de R$ 42 milhões, a carga havia sido adquirida pelos estados do Nordeste, por meio de contrato assinado entre fornecedor e o governo da Bahia, o fornecedor até então não foi identificado. Entre a China e os EUA encontra-se o Brasil ao meio de uma corrida global por suprimentos médicos, sendo claro e evidente a todos trabalhadores e trabalhadoras o quão débil está o sistema de saúde no Brasil presidido por Jair Bolsonaro que, por sua vez, continua a defender a normalidade econômica em nome dos lucros de seus amigos empresários

A Casa Civil alega estar buscando novos fornecedores, não informando se já está em negociata com outros países ou quais fornecedores tem em vista para suprir a demanda, que para o Brasil é indispensável. Apesar do fornecedor não ter informado o destino da encomenda, há desconfiança de que os equipamentos foram retidos por Trump para serem usados nos EUA, que já registraram o maior número mundial de mortes em um só dia pela doença nesta quinta-feira. Segundo o New York Times, a negociação entre as empresas privadas americanas e chinesas foi feita com a ajuda da mediação Jared Kushner, genro de Donald Trump. A escassez de equipamentos básicos e a competição por eles é uma faceta mortal do capitalismo, que coloca acima de tudo a lei dos lucros e da competição no mercado.

Tal acontecimento clarifica a nós trabalhadores, primeiro, que a escassez de equipamentos básicos e a competição por eles é uma faceta mortal do capitalismo, que coloca acima de tudo a lei dos lucros e da competição no mercado. Segundo, que Donald Trump despreza as vidas e não retém estes respiradores por preocupar-se com a saúde dos trabalhadores norte-americanos, sendo um dos maiores inimigos internacionais da classe trabalhadora latina, que deseja fazer ela pagar com vidas pela crise do coronavírus. Terceiro, o quão é cômico que mesmo frente a situações come essa, Jair Bolsonaro siga sendo o bajulador oficial do imperialismo Norteamericano, que se aproveita de tais situações para avançar seus interesses imperialistas e golpistas na Venezuela.

Os EUA, de longe, tornou-se o epicentro mundial da pandemia do coronavírus, onde a propagação avança exponencialmente em decorrência do negacionismo e subestimação de Trump dos efeitos destrutivos, com sua versão mais tosca no bolsonarismo aqui na América Latina. Os EUA são os campeões mundiais em disseminação da doença, contabilizando cerca de 22% do total dos contaminados em todo mundo e 10% dos mortos pela doença no mundo.

Tanto Bolsonaro, quanto Trump, estão mais interessados em saciar suas necessidades e disputas do que a saúde da população que enfrenta uma das maiores crises já vividas. Bolsonaro segue bajulando o imperialismo, atrasando os benefícios que prometeu aos trabalhadores informais e deslegitimando a urgência de medidas e ações para enfrentamento da Covid-19, favorecendo os empresários quando alega ser totalmente aceitável que as pessoas voltem as ruas, ql expondo a vida da população a risco sem garantir testes massivos e uma estrutura adequada do SUS, assim como Trump segue satisfazendo seus próprios interesses, deixando as claras que o que importa é seguir as linhas genocidas e ambiciosas do imperialismo norte-americano.

Rechaçamos a postura bajuladora de Bolsonaro ao imperialismo norte americano. Também não podemos ficar dependendo da lógica irracional do mercado de competição e lucro com a saúde para salvar vidas aqui no Brasil. Precisamos de uma saída operária, com a produção canalizada para a produções massiva de mascaras, luvas e equipamentos de proteção individual para enfrentar efetivamente a crise do coronavírus, uma saída de independência de classe, dos trabalhadores e da juventude, utilizando seus próprios métodos para barrar a servidão e debilidade do governo Bolsonaro e seu plano de reforma e ataques cada vez mais duros como a MP da Morte.




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