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PARAÍSO FISCAL | Guardando bilhões em paraíso fiscal, Lemann quer aumentar riqueza com reforma trabalhista

Jorge Paulo Lemann e seus sócios bilionários são donos parcial ou integralmente de 20 empresas abertas em Bermudas, Bahamas e Ilhas Cayman. A intenção dos empresários foi de mudar seu domicílio fiscal para verdadeiros paraísos, onde são cobrados pouco ou nada de impostos para grandes negócios como esse.

terça-feira 7 de novembro de 2017 | Edição do dia

Jorge Paulo Lemann, homem mais rico do Brasil é morador da Suíça, nascido carioca, mas sua fortuna calculada em US$ 29 bilhões de dólares não está em nenhum dos dois lugares. Segundo Paradise Papers, documentos vazados recentemente e confirmados pelo próprio Lemann, sua riqueza está em paraísos fiscais nas Bahamas, Bermudas e Ilhas Cayman em cerca de 20 empresas "offshore", criadas para pagar menos impostos.

Tudo na verdade, segundo ele mesmo afirma, de acordo com a lei brasileira que permite com que os capitalistas bilionários do país peguem todas as riquezas produzidas explorando os trabalhadores, e leva para fora roubando a riqueza do país. Tudo de acordo com o artigo 16 do decreto 3.000 de março de 1999.

Assim, Bahamas, Bermudas, Ilhas Caymann, tem uma taxa de impostos muito menor ou quase inexistente, e desta forma Lemann só precisa declarar seu imposto de renda, para não precisar pagar nada ao estado brasileiro. Além de ser dono da Inbev (fusão da Interbrew com a brasileira Ambev), o empresário tem ações em companhias como Burger King e Heinz, além investir em startups e empresas como o Snapchat.

Apesar de sua riqueza estar fora do país, Lemann ainda precisa do estado brasileiro para reproduzir capital e foi por isso que neste ano ainda, declarou que "o Brasil vai sofrer grandes transformações". Ele referia-se à reforma trabalhista, Lei que Temer deu em troca do apoio do empresariado ao golpe institucional que o colocou no poder.

À partir do 11, Lemann espera aumentar o regime de exploração nas fábricas da Ambev e em muitas outras à partir dessa lei que rasga a CLT. É preciso barrar essa sede de lucro que só rouba o suor dos trabalhadores e transforma em riquezas que não estão nem mesmo dentro do país. Retomar o caminho da greve geral exigindo a revogação desta lei, e a taxação das grandes fortunas destes capitalistas antinacionais para financiar novas vagas de emprego nas fábricas, impondo também que as horas de trabalho sejam divididas entre todos os braços disponíveis para trabalhar, incluindo os desempregados.




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