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Massacre indígena | Guaranis Kaiowá retomam fazenda em protesto a mais um jovem indígena assassinado em MS

No Brasil de Bolsonaro, Mourão, militares, avançam as políticas pró patronais seja na cidade ou no campo: ataques e mais ataques contra os trabalhadores e os povos oprimidos. A violência no campo contra os povos originários se expressa em matança legalizada, exploração e degradação ambiental através de garimpos ilegais, estupros e feminicídios. Batalhamos pelo direito à autodeterminação de todos os povos indígenas, e lutamos contra todos os ataques em tramitação como o "Marco Temporal" e a revogação integral de todos os ataques aprovados contra esses povos.

sexta-feira 27 de maio de 2022 | Edição do dia

Foto: Arquivo Pessoal

O jovem Guarani Kaiowá Alex Recarte Vasques Lopes, de 18 anos, foi assassinado em uma fazenda após deixar a reserva Taquaperi, onde morava, em Coronel Sapucaia (MS), para buscar lenha em uma área do entorno da terra indígena, no último domingo (22/05).

Alex estava acompanhado de outros dois jovens indígenas, segundo o relato de lideranças da comunidade. Após o assassinato, seu corpo teria sido levado para o lado paraguaio da fronteira. De acordo com o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), fotos mostram o corpo de Alex com pelo menos cinco orifícios compatíveis com projéteis de armas de fogo.

Em protesto, o povo Guarani e Kaiowá retomou a fazenda onde Alex foi morto. "Os Guarani e Kaiowá cobram que o assassinato seja investigado com urgência pelas autoridades federais, pois temem que o cenário do crime seja alterado e que a perícia seja inviabilizada", diz texto divulgado no site do Cimi.

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Ataques revoltantes como esse e também nos casos recentes contra o povo Yanomami são consequência direta da política de Bolsonaro junto do Congresso, STF, dos militares e da direita com o reacionário pacote de destruição ambiental, a PL 490, o Marco Temporal, e principalmente, a PL 191 que garante a liberação da mineração em mais de 3 milhões de equitares nas terras indígenas, impondo mais crimes contra os indígenas e meio ambiente, e garantindo mais lucros ao agronegócio e ao imperialismo.

Mas os indígenas não vem deixando de se mobilizar e na realidade estão se manifestando incessantemente contra toda essa violência, como nos acampamentos de milhares que protagonizaram em Brasília. Essa luta precisa ser encarada como parte do programa da classe trabalhadora ao lado da juventude e demais povos oprimidos, como uma só luta contra todos os ataques dos capitalistas, que no Brasil tem mãos de sangue indígena, contra a opressão e a exploração.

Veja também: Gênero e degradação ambiental em face à violência contra os povos originários

É urgente uma investigação independente destes crimes com os organismos representativos dos povos originários, de direitos humanos, sindicatos e movimentos sociais, e que o estado seja responsabilizado.

Basta de violência contra os povos indígenas! Bolsonaro, a bancada ruralista na Câmara, os militares e o STF são responsáveis!




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