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sexta-feira 17 de junho de 2016 | Edição do dia

A Mecano Fabril, importante autopeças de Osasco que nos últimos anos lucrou milhões com estímulos dos governos, assumiu um discurso de crise profunda a pretexto de atacar os direitos dos trabalhadores . Este caso não é uma exceção. Osasco vive um forte processo de desindustrialização, resultando em demissões, retirada de direitos, atraso de salários e fechamento de fábricas. A exemplo da metalúrgica Corneta que fechou deixando centenas de trabalhadores na rua sem seus direitos.

De dezembro do ano passado para cá o patrão não pagou os benefícios e os salários integralmente, além da demissão a conta gotas que já ocorreram com mais de 60 operários sem o pagamento de seus direitos rescisórios.

Na manhã de hoje, 16, os trabalhadores e trabalhadoras deflagraram pela quarta vez no ano greve exigindo o pagamento dos salários e benefícios atrasados. E o patrão promete, faz acordos e não cumpre. Ele alega não ter dinheiro.

O patrão alega não ter dinheiro e quer que os trabalhadores trabalhem de graça

Não é preciso dizer o absurdo que é os trabalhadores e trabalhadoras não receberem pelo trabalho já cumprido, ficando sem condições de pagar contas e colocar comida na mesa. Quem trabalha de graça é relógio e atrasar salário é crime. Trabalhou tem que receber.

Walter Stroebel, proprietário da Mecano e dono de fazendas no Paraná diz não ter dinheiro. Não sabemos se é verdade pois o livro de contas da empresa não é público. Achamos que são aqueles que geram o lucro, que produzem, tem direito de saber a quantas anda a fábrica. Nós do Esquerda Diário, do Movimento Nossa Classe e da Juventude Faísca achamos que os operários e o sindicato devem reivindicar a abertura imediata das contas da empresa. O patrão não tem dinheiro? Prove.

Radicalizar para dar força e visibilidade para a luta

Ficou evidente que está difícil dobrar o patrão que, mesmo com acordos de parcelar em muitas vezes o que está atrasado, não cumpriu o combinado mesmo depois da justiça ter definido multa diante de novo calote. Não podemos confiar na justiça que defende os interesses dos ricos contra nossa classe.

Frente a isso, o cenário que se desenha é de possível fechamento da fábrica sem pagamento dos direitos. É preciso resgatar a tradição de luta do movimento operário de Osasco, onde a Cobrasma foi palco de importantes batalhas de defesa dos trabalhadores contra os capitalistas e a ditadura militar.

Viemos sugerindo na última greve que os trabalhadores fizessem uma manifestação no centro da cidade para divulgar e ganhar apoio da população. Esta ação pode dar força a luta para conseguir arrancar conquistas.

Apoio ativo da juventude as lutas operárias

Na época da ditadura, os estudantes da USP cumpriram papel importante se aliando aos operários de Osasco. É hora de resgatar este espírito. Este ano, os Centros Acadêmicos de Letras e Pedagogia e também o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) prestaram solidariedade levando apoio na assembleias da greve.

Nós da Juventude Faísca nos dispomos a nos incorporar nas ações que os trabalhadores tirarem em sua assembléia, pois achamos que é tarefa da juventude, que também vem sofrendo ataques diante da crise, apoiar a luta dos trabalhadores e fortalecer uma aliança.




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