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VIDEO DA REUNIÃO MINISTERIAL | Grande mídia tenta poupar Guedes em video da reunião ministerial

Após o Supremo autorizar a divulgação de trechos do vídeo da reunião ministerial, grande veículos como Globo e Folha deram grandes destaques a alguns ministros. No entanto, algumas falas de Guedes quanto a ataques aos servidores parecem não ter incomodado muito esses meios.

domingo 24 de maio de 2020 | Edição do dia

Enquanto Bolsonaro constantemente critica os grandes meios de comunicação, Globo e Folha tentam se posar de uma oposição "democrática" e civilizada ao governo. No entanto, sua oposição vai apenas até a página 2.

Com a divulgação do vídeo da reunião ministerial, as capas destes jornais não falam de outra coisa que não isso. No entanto, uma declaração de Paulo Guedes passou batido: a de que teria sido colocada uma granada no bolso do servidor público, com o congelamento de salários previsto no "auxílio" aos estados e municípios. Tal trecho também não foi exibido no Jornal Nacional.

Ver também: Como fica o governo Bolsonaro após o vídeo da reunião ministerial?

Não é de se espantar, pois todos esses grupos foram atores importantes no golpe institucional d 2016, para implementar uma agenda neoliberal mais intensa do que Dilma vinha aplicando, não muito distinta da que Guedes propõe hoje. Recentemente, o Globo fez um editorial falando que era preferível cortar dos servidores públicos que taxar grandes fortunas.. Portanto, ainda que Globo e Folha não simpatizem com o jeito tosco e autoritário de Bolsonaro governar, com a aproximação dos militares entre outros aspectos, mostram que convergem quando o assunto é atacar os trabalhadores.

Se o vídeo desnudou o quão absurdo é esse governo, fazendo com que a pauta de Fora Bolsonaro e Mourão esteja cada vez mais na ordem o dia, a atuação desses meios também mostra como não podemos nutrir nenhuma confiança na grande mídia, no STF ou no Congresso e nos governadores. Esses ultimos, junto ao presidente do Congresso Rodrigo Maia, que fizeram uma reunião amistosa com o governo quinta feira, onde decidiram vários ataques aos trabalhadores.

Somente podemos confiar na força dos trabalhadores, aliados com outros setores populares, para derrubar esse governo. Os trabalhadores da saúde dão o exemplo de mobilização, sendo inclusive reprimidos pelo governador do Rio Wilson Witzel. Frente a isso, é preciso dar uma resposta que questione o regime de conjunto, uma Assembleia Constituinte livre e soberana!
Veja também nossa live de análise sobre o tema:




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