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CORONAVÍRUS | TRABALHADORES DA SAÚDE | Governos matam negando EPIs a trabalhadores da saúde: já são 30 mortos e 4 mil afastados

Os primeiros na linha de combate ao coronavírus, trabalhadores e trabalhadoras da saúde, recebem dos governos o mesmo descaso que a maior parte da população. Com a falta de EPIs, já são 30 mortos e mais de 4 mil profissionais afastados dos hospitais.

sexta-feira 17 de abril de 2020 | Edição do dia

Estamos, semana após semana, denunciando aqui no Esquerda Diário diversas denúncias de hospitais e profissionais da saúde pela falta de EPI para médicos e enfermeiros que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus. Trabalhando em diversos casos, sem máscaras, luvas, as roupas necessárias, e até álcool em gel, esses médicos ficam muito mais sujeitos a contaminação e também a proliferação do vírus para novos pacientes.

Até quarta (15) o registro do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), já chegavamos a 30 profissionais da saúde que morreram pelo vírus, e outros 4 mil afastados, sendo desses 552 com casos confirmados, e quase 3,5 mil em suspeita.

Os números alarmam, mas não surpreendem, exatamente pela enorme quantidades de denúncias em hospitais ao redor de todo o país pela falta de EPIs. Em 5 de abril, segundo o portal G1, eram 230 casos suspeitos entre os médicos, e dez dias depois saltou para 4.089, quase 18 vezes mais.

Imagem: G1

Os governos, tanto o federal quanto estaduais e municipais, não estão rifando apenas a vida de milhares de trabalhadores e trabalhadoras com a falta de testes, leitos e equipamentos, mas estão também colocando na linha de morte os primeiros combatentes ao vírus, que trabalham turnos extenuantes, sem os materiais de segurança necessária para que eles possam se proteger e atuar para salvar vidas.

Os médicos, médicas e outros profissionais da saúde são nossos heróis de classe nesse combate, arriscando suas vidas na linha de frente, e encarando diariamente o descasos dos governos também com suas vidas e condições de trabalho.

Por isso a defesa desses firmes lutadores e lutadoras passa por exigimos dos governos, em primeiro lugar que garanta os equipamentos de segurança necessárias. Se Mandetta, ex-ministro da saúde, falava que existe uma guerra de mercado que eleva os preços dos insumos, então que voltemos a indústria nacional para a produção dos materiais necessários, como máscaras, sapatilhas, álcool em gel, e afins, para garantir a vida daqueles que se colocam em risco diariamente para salvar outras vidas. Não podemos aceitar que os profissionais da saúde sigam atuando sem os EPIs necessários.

Em segundo lugar, sabemos que mesmo assim teremos algum nível de profissionais que irão se contaminar no combate ao vírus. E por isso, e pelo fato de que os que já estão no campo de batalha trabalham em sua maioria em hospitais com quadros de funcionários reduzidos, e condições precárias de falta de pessoal, é necessário contratação imediata que novos médicos, profissionais de enfermagem, e o aumento dos quadros, contratando todos e todas as profissionais de saúde que estejam desempregados, assim como colocar no campo de batalha os estudantes de medicinas que estejam próximos de se formar, liberando seus diplomas para aumentar os exércitos de médicos nos hospitais públicos.

A falta de médicos é fruto, em primeiro lugar, da precarização de anos do SUS que todos os governos que antecederam Bolsonaro tiveram sua colaboração, e em segundo lugar, da absurda Lei do Teto de Gastos, aprovada no governo golpista de Temer, que congela os gastos em saúde, e deixa atravancado as possibilidades de novos investimentos de peso na saúde pública para o combate ao vírus, enquanto os governos socorrem os bancos e empresas com trilhões de reais, ao gosto de Paulo Guedes, e deixam a população em situação cada vez mais alarmante.




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